Os gestores de Pombal, município localizado no Sertão paraibano, miraram no ego e acertaram em problema. Ao estampar fotos suas nos cadernos escolares das crianças da rede municipal de ensino, Abmael de Sousa Lacerda, mais conhecido como Dr. Verissinho, e Claudenildo Alencar Nóbrega, o Galego da Gavel, prefeito e vice-prefeito, respectivamente, entraram na mira do Ministério Público da Paraíba (MPPB). O órgão move uma ação civil pública por improbidade administrativa contra os dois.
O mais interessante na história é que o Galego da Gavel é o pré-candidato a prefeito no pleito de 2024 a ser indicado por Verissinho, que não pode mais se candidatar porque foi reeleito em 2020. Com a ação do Ministério Público, o ‘sucessor’ pode até ser impedido de disputar a eleição, obrigando Verissinho a encontrar às pressas um novo nome.
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De acordo com o o Inquérito Civil Público número 005.2022.001935, Verissinho e o Galego da Gavel “praticaram, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publicidade que contraria o disposto no § 1o do art. 37 da Constituição Federal, pois ordenaram a colocação de fotogra as pessoais nas contracapas dos cadernos de estudo distribuídos para os alunos da rede municipal de ensino, promovendo inequívoco enaltecimento do agente público e personalização de atos do órgão público, conduta que se enquadra no art. 11, inciso XII, da Lei n. 8.429/92”.
A peça acusatória informa ainda que “na hipótese em apreço, não há que se falar em ausência de dolo ou de desconhecimento prévio dos fatos por parte dos demandados, pois, na condição de gestores da coisa pública e ordenadores de despesa, tiveram a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipi cado no art. 11 da Lei de Improbidade”.
