O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (8) esperar que o rigor da lei seja aplicado contra aqueles que atacaram a democracia, ao financiar os acampamentos que culminaram na tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2022. “Espero que não ocorra nenhum excesso e seja aplicado o rigor da lei”, disse o presidente, sobre a Operação Tempus Veritatis.
A afirmação de Lula foi feita horas depois da deflagração da Operação Tempus Veritatis que tem, como alvo, diversos militares que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal (PF), a operação investiga a existência de suposta organização criminosa que teria atuado em tentativa de golpe de Estado.
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“É muito difícil um presidente da República comentar sobre uma operação da Polícia Federal que ocorre em segredo de Justiça […] Sabemos dos ataques à democracia. Precisamos saber quem financiou os acampamentos. Vamos esperar as investigações”, afirmou Lula, nas redes sociais.
Estão sendo cumpridos, ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares – entre elas, a apreensão do passaporte do ex-presidente Bolsonaro. Por meio das redes sociais, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, disse que Bolsonaro irá entregar o documento “em cumprimento às decisões de hoje”.
Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
– o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira;
– ex-ministro da Casa Civil e da Defesa general Walter Souza Braga Netto;
– ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;
– major da reserva Ângelo Martins Denicoli;
– coronel reformado do Exército Aílton Gonçalves Moraes Barros;
– coronel Guilherme Marques Almeida;
– tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;
– tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
– ex-comandante-geral da Marinha almirante Almir Garnier Santos;
– general Mário Fernandes;
– ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;
– general de Brigada reformado Laércio Vergílio;
– Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho;
– ex-ministro da Justiça, Anderson Torres;
– presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
– o ex-assessor especial de Bolsonaro Felipe Martins
– coronel Bernardo Romão Correa Neto
– coronel da reserva Marcelo Costa Câmara
– major Rafael Martins de Oliveira.
As medidas judiciais estão sendo cumpridas nos seguintes estados: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.
Fonte: Agência Brasil