Após concluir os trabalhos no final de 2023, a Subcomissão Especial para debater Telemedicina, Telessaúde e Saúde Digital da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados deve ser instalada novamente neste ano, defende a deputada Flávia Morais (PDT-GO), que foi relatora do colegiado. De acordo com a parlamentar, informações sobre o setor mudam rapidamente e devem ser acompanhadas. Para isso, é necessário que os serviços sejam otimizados.
“O grande desafio, que foi muito discutido nos trabalhos da subcomissão, é a comunicação entre os vários sistemas que existem e a padronização disso para que nós possamos ter um único banco de dados com informações da saúde”, ressaltou a deputada. Para ela, isso vai garantir segurança e otimizar os serviços da telessaúde.
Veja também
Advogados de investigados sobre tentativa de golpe de Estado podem se falar, diz Moraes
A principal conclusão do relatório apresentado no fim do ano passado é a de que a comunicação eletrônica entre os sistemas informatizados existentes, principalmente entre a área federal e os estados e municípios, precisa melhorar. Foram identificados 400 sistemas no Datasus, o banco de dados do Sistema Único de Saúde.
Flávia Morais explicou que o grupo ouviu várias experiências em serviços digitais de cidades brasileiras e foi constatada uma deficiência para a transmissão de dados na região Norte e até falta de acesso à internet no caso de territórios indígenas. Mas ressaltou a importância da telemedicina para o monitoramento destas populações e de outros grupos vulneráveis como os idosos.
A deputada lembrou que foi sugerido o aproveitamento de infraestruturas já existentes como as das escolas públicas. “Seria a expansão da rede, aproveitando o sucesso que houve na educação com o uso das fibras óticas que já existem nas escolas para os postos de saúde mais próximos”, explicou.
O relatório da subcomissão recomenda o investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico para superar os desafios estruturais e a necessidade de manter a integridade e confidencialidade dos dados em todo o processo. Somente o ConecteSUS, que traz dados de usuários do sistema, já acumula mais de 40 milhões de downloads.
Os gestores também mostraram as iniciativas existentes em relação a prontuários eletrônicos e no uso da inteligência artificial para otimizar diagnósticos. Flávia Morais destacou a tramitação do projeto de lei 5875/13, que cria o cartão do usuário do SUS como parte do esforço de digitalização dos dados.
O relatório recomenda ainda:
Fonte: Agência Câmara de Notícias