A CPI da Braskem aprovou nessa quarta-feira (28) oito convocações para depoimentos sobre os danos ambientais causados em Maceió pela extração mineral pela empresa petroquímica Braskem. Uma das oitivas será com o diretor presidente da empresa, Roberto Bischoff.
A votação dos requerimentos ocorreu com a retomada da reunião dessa terça-feira (27), que foi suspensa pelo presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM). Com as convocações, serão obrigados a depor na CPI, além de Roberto Bischoff:
Veja também
Filhos de presos e de vítimas de violência podem ter atendimento psicossocial
A extração do mineral sal-gema ocorre desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú, na capital alagoana. Desde 2018, os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto, entre outros que ficam próximos às operações da Braskem, vêm registrando danos estruturais em ruas e edifícios, com afundamento do solo e crateras. Mais de 14 mil imóveis foram afetados e condenados. As atividades de extração foram encerradas em 2019, mas os danos persistem, afetando milhares de pessoas.
A CPI foi criada pelo requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora Braskem no afundamento do solo em Maceió. Com 11 membros titulares e sete suplentes, a comissão tem até o dia 22 de maio para funcionar e limite de gastos de R$ 120 mil.
Fonte: Agência Senado