Há quem diga que o ano no Brasil só começa depois do Carnaval. No mercado financeiro trata-se de uma falácia, pois os papéis das maiores empresas do país vêm sendo negociados na B3, a bolsa de valores brasileira, desde 2 de janeiro. No entanto, muitas ações ainda não entregaram resultados aos investidores que começaram o ano acreditando nas projeções apresentadas. No setor da construção civil são grandes as distorções. Entre as maiores decepções do ano até aqui está a incorporadora Moura Dubeux (MDNE3), considerada a maior nordestina no segmento e apontada por muitos analistas como um bom negócio, mas que até aqui tem dado prejuízo aos investidores.
Quem investiu na Moura Dubeux no começo do ano acumula hoje perda de 5,07%. Papéis de outras empresas do mesmo segmento têm apresentado resultados melhores, como a Cyrela (CYRE3), com valorização de 6,48% no ano; e a Even Construtora e Incorporadora, que teve alta em 2024 de 12,52% até o pregão da última sexta-feira (8). O destaque no ano está na Plano e Plano (PLPL3), que entregou 23,18% de alta aos investidores.
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Apesar dos resultados aquém do previsto, a Moura Dubeux não é a única do setor em desvalorização. A Gafisa (GFSA3) apresenta queda de 9,17% no ano; a construtora MRV (MRVE3) apresenta baixa de 27,61% no ano; e a Tenda Construtora (TEND3) já caiu 20,35% em 2024.