Por Washington Rocha*
A deputada Cida Ramos teve vitória antecipada nas prévias do PT porque, tendo seu nome avançado muito, seu único concorrente, o deputado Luciano Cartaxo, prevendo a derrota, desistiu. O brilhante desempenho de Cida na campanha das prévias, sua força e prestígio entre os correligionários, é mais uma demonstração do seu potencial político-eleitoral para a disputa pela Prefeitura de João Pessoa nas eleições de outubro próximo.
A disputa todos sabem que será difícil, mas o fato é que o PT dispõe de um excelente nome: pleno de uma prática e de um simbolismo de luta, resistência e inclusão. Que adversários atuem para inviabilizar o nome de Cida Ramos, é o esperado; porém, que no PT se cogite melar o legítimo processo que levou ao nome da deputada, é um desatino e uma afronta aos eleitores de esquerda. A candidatura de Cida não é importante apenas para o PT, mas para todo o chamado “campo popular”.
Tem gente por aí dizendo que “a esquerda morreu”. Os petistas que manobram para melar as prévias avalizam essa narrativa e querem, em João Pessoa, fechar a tampa do caixão: preparam o campo para uma disputa entre a centro-direita e a extrema-direita. Um desastre para a esquerda; a não ser que o PSOL avance no vácuo deixado pelo PT e faça o que nunca fez na nossa capital: tornar-se competitivo.
Todavia, Cida resiste às manobras espúrias e insiste no caminho legítimo das prévias. Nesta terça-feira (19), diante de especulações que a dão como rifada pela direção nacional do PT, respondeu com uma declaração de altivez e confiança:
“A realidade hoje é só uma, temos apenas uma candidata inscrita que sou eu, tem uma resolução e um regimento do partido que nos dá garantia de que nós teremos sim a escolha sendo feita pela militância”.
A política precisa de pessoas assim. A disputa eleitoral em João Pessoa precisa de Cida Ramos.
*Washington Rocha é filósofo, mestre pela UFPB e escritor.