A ex-mulher do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) o acusa de violência doméstica e patrimonial. Ela afirma que durante o matrimônio foi agredida por meio de diversas formas de violência, desde física, psicológica, moral e patrimonial. Os atos, segundo ela, foram se intensificando nos últimos anos. Eles já estão separados. Agora, ela pede medida protetiva contra o parlamentar. O pedido será analisado pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de João Pessoa. Aguinaldo Ribeiro afirma que os fatos são “inverídicos, fantasiosos e não comprovados”.
A reportagem teve acesso ao processo, que corre em segredo de justiça. Na petição da medida protetiva, a vítima afirma que continua sofrendo violência psicológica e patrimonial, mesmo após a separação, e demonstra a necessidade do pedido. “Busca-se, portanto, a imediata concessão de medidas protetivas de urgência para salvaguardar a vítima em todas estas searas, além de tutela antecipada para assegurar o seu cumprimento e cessar possíveis crimes patrimoniais em curso”, consta no processo.
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Em maio de 2023, a vítima teria sido apertada com força nos braços e jogada contra a cama várias vezes, sendo agredida fisicamente, além das agressões verbais e psicológicas. Ainda na petição consta que a vítima chegou a ser trancada no quarto por Aguinaldo várias vezes. Nesses momentos, havia grito, palavrão e injúrias, como também era ameaçada caso falasse em divórcio ou fuga de casa.
“Foram momentos de terror, inclusive alguns deles presenciados pelas filhas do casal que ficavam à porta do quarto ouvindo os gritos da vítima. E não há palavras para se descrever fidedignamente as torturas sofridas as quais eram constantes e duradouras”, diz o documento.
Em nota, o deputado afirma que ficou “abismado” com o vazamento do processo, que corre em segredo de justiça, e da petição, da qual não tinha conhecimento. Ele defende que os fatos são “inverídicos, fantasiosos e não comprovados”. “Valorizo a integridade e o respeito nas relações familiares. Nesse momento, vou fazer o que sempre fiz: preservar a minha família e as minhas filhas”, disse na nota. Ainda no texto, o deputado afirma que repudia as acusações de agressão.
O documento revela que Aguinaldo teria humilhado, isolado e prejudicado a vítima financeiramente ao fazer modificações nos quadros sociais das empresas que ela era cotista e sócia administradora, sem o seu consentimento e na sua ausência.
Além da medida protetiva, a vítima pede que seja assegurado o seu amparo econômico para que consiga restabelecer as perdas financeiras que afirma ter sofrido, como também a concessão de uma pensão provisória de 40 salários mínimos, com alimentos compensatórios no valor de 50 salários mínimos.
Com muita tristeza tenho que me manifestar publicamente sobre o fim do meu casamento com Ana Rachel, com quem tive duas filhas durante um relacionamento de mais de 20 anos. Este é um momento difícil para mim e para minha família e que envolve problemas de saúde e interesses conflitantes.
O Brasil, a Paraíba, nossa família e nossos amigos conhecem a nossa história e a minha conduta enquanto marido e pai. Em todas as minhas relações pessoais e profissionais sempre me pautei pelo equilíbrio em busca do consenso e da harmonia.
Fiquei abismado com o vazamento criminoso de uma petição que corria em segredo de justiça, e da qual eu não tinha conhecimento, e que foi usada ilegalmente por setores da imprensa.
Mais estarrecido ainda fiquei com o conteúdo da petição que retrata fatos inverídicos, fantasiosos e não comprovados. Repudio veementemente as acusações de agressão, seja de qualquer natureza.
Valorizo a integridade e o respeito nas relações familiares. Nesse momento, vou fazer o que sempre fiz: preservar a minha família e as minhas filhas.
Conto com o respeito e a compreensão de todos nesse momento. Deus conhece o meu coração e é a minha testemunha!
*Sob supervisão de Felipe Gesteira