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Ciência contra a Dengue: Brasil passa dos 4 milhões de casos registrados e inaugura Biofábrica Wolbachia
Termômetro da Política
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O Brasil registrou mais de 4 milhões de casos de dengue neste ano, de acordo com a atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde desta segunda-feira (29). No total, foram notificados 4.127.571 casos prováveis da doença em todo o país nos quatro primeiros meses. Em meio a esse cenário preocupante, uma nova frente no combate à doença foi inaugurada, a Biofábrica Wolbachia, em Belo Horizonte.

O método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito no laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo, depois de infectados eles são incapazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.032,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

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A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.

As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina. 

Projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos de dengue no país podem chegar a 4.225.885. 

Combate à dengue

O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), a Biofábrica Wolbachia. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.

A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.

Fonte: Agência Brasil

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