O conservador José Raul Mulino emergiu como o novo presidente do Panamá, após vencer as eleições presidenciais com quase 35% dos votos. Essa margem foi nove pontos percentuais superior à do segundo colocado, que já reconheceu a derrota. Chamado de “El Loco”, Mulino, um ex-ministro da Segurança de 64 anos, obteve essa vitória com mais de 92% das urnas já contabilizadas. O sistema eleitoral do Panamá não prevê segundo turno, portanto, a presidência é concedida ao candidato com o maior número de votos, sem a necessidade de obter mais de 50%.
Em seu discurso, Mulino expressou sua intenção de buscar consenso político e promover um governo favorável ao setor privado, sem esquecer os mais necessitados. O candidato de centro-direita, Ricardo Lombana, que ficou em segundo lugar na votação, reconheceu a vitória de Mulino. No entanto, Lombana alertou o futuro presidente para não se afastar da vontade popular e evitar privatizar a educação, usar métodos autoritários para reprimir o povo ou renegociar um polêmico contrato de mineração.
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Essa eleição no Panamá ocorreu após uma batalha judicial e envolveu oito candidatos à presidência. Além de Mulino, foram eleitos 20 deputados ao Parlamento Centro-Americano, 71 deputados à Assembleia Nacional, 81 presidentes de câmara, 701 representantes municipais e 11 vereadores, com mandatos até 30 de junho de 2029.
É importante destacar que o ex-presidente Ricardo Martinelli, que era o candidato presidencial do partido Realizando Metas (RM), foi substituído por Mulino de última hora. Martinelli, que governou o Panamá entre 2009 e 2014, está atualmente refugiado na embaixada da Nicarágua, país que lhe concedeu asilo político, após ser condenado a mais de 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
Com informações da Agência Brasil.
