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Justiça -
Presidente do STF defende uso da inteligência artificial no Judiciário
Termômetro da Política
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, expressou nessa terça-feira (14) seu apoio ao uso da inteligência artificial (IA) no Judiciário, vislumbrando um futuro no qual essa tecnologia poderá redigir sentenças. Ele enfatizou que essa ferramenta tem o potencial de aprimorar a análise de processos e reduzir casos de preconceito no sistema de justiça brasileiro.

Presidente do Supremo ressalta que a inteligência artificial já é usada na Justiça (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Barroso elencou como o Supremo já utiliza a IA em seu cotidiano, como no agrupamento de processos por tipo ou no enquadramento de casos em teses de repercussão geral. Em seguida, ele acrescentou os próximos passos, afirmando que o tribunal trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta capaz de localizar precedentes e que, no futuro, acredita que sentenças podem ser escritas por computadores. 

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“Em breve, tenho certeza que teremos a inteligência artificial escrevendo a primeira versão de sentenças”, disse o presidente do Supremo, que na manhã dessa terça-feira (14) participou do encontro do J20, que reuniu no Rio de Janeiro presidentes e representantes de supremas cortes dos países integrantes do G20. 

Em países com grande judicialização como o Brasil, por exemplo, em que o Supremo recebe 70 mil processos, em média, por ano, a IA precisa ser adotada para acelerar o sistema de Justiça, defendeu o ministro. “Temos 85 milhões de casos no brasil no momento, temos que ter ferramentas para acelerar as coisas”. 

Para Barroso, a inteligência artificial “pode tomar melhor decisões em muitas matérias, porque é capaz de processar mais informações com maior velocidade”. Tal tecnologia, contudo, envolve riscos e depende da supervisão humana, acrescentou. 

A IA pode, por exemplo, “reproduzir os preconceitos que existem na sociedade, porque é alimentada por seres humanos”, disse Barroso. “Existem muitos riscos e uma discussão sobre regular a IA para proteger diretos fundamentais , proteger a democracia”. 

O presidente do Supremo frisou que a IA ainda não consegue separar o certo do errado nem ter bom senso, e que por isso, depende da supervisão humana. 

Fonte: Agência Brasil

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