No bolso, na palma da mão e, também, no pulso. A conectividade oferecida pelo telefone celular está tão associada à vida cotidiana que estes aparelhos já nem vêm sendo mais chamados de “smartphones“, termo que os diferenciava das versões menos inteligentes. Além dos telefones, o universo da ‘internet das coisas’ conecta diversos outros dispositivos, permitindo novas aplicações no uso diário. Na onda dos aparatos ‘espertos’, relógios fazem sucesso com funções que vão desde o monitoramento do sono até auxílio na prática de atividades físicas. Na Paraíba, uma tecnologia está sendo desenvolvida para utilizar smartwatches para proteção às mulheres.
A revelação foi feita na manhã desta segunda-feira (3) pela senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), em conversa com jornalistas na assinatura do termo de cooperação entre Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), Governo da Paraíba e a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB) para a implantação do programa “Antes que Aconteça”.
De acordo com a senadora Daniella Ribeiro, o relógio poderá ser utilizado para monitorar informações de agressores de mulheres com mais precisão do que se tem hoje com as tornozeleiras eletrônicas. “Nós estamos modificando a questão das tornozeleiras, por isso a participação do Parque Tecnológico da Paraíba, desenvolvendo tecnologias, como por exemplo o smartwatch, onde você observa o batimento cardíaco. O agressor não vai poder tirar, na hora que tirar, se sabe”, explicou. O relógio também informa dados da localização do usuário.
Veja também
Governo se posiciona contra proposta de privatização de áreas de acesso às praias brasileiras
Daniella ressaltou a parceria com o governo estadual não apenas no desenvolvimento da tecnologia, mas também na aplicação. “Olha como é importante a parceria com o Governo do Estado, temos três centros de controle integrados, que monitoram em João Pessoa, Campina Grande e Patos”, disse.
O governador João Azevêdo (PSB) celebrou a implantação do programa na Paraíba. “Está sendo lançado na Paraíba de forma pioneira. Esperamos que esse projeto venha se associar a todas as outras medidas protetivas que o Estado já vem implantando aqui. Isso tudo tem gerado, evidentemente, condições para que a gente possa celebrar conquistas”, disse João, ressaltando a queda de 43% no número de feminicídios em comparativo do mesmo período deste ano com o ano passado. “Nós queremos mais, e esse projeto vem nessa direção, associar tecnologia e tudo o que nós pudermos disponibilizar para as mulheres que estiverem sob proteção”, finalizou.