O presidente da França, Emmanuel Macron, tomou a decisão, no último domingo (9), de dissolver o parlamento do país, a Assembleia Nacional, e convocar novas eleições legislativas antecipadas. Isso ocorreu após uma pesquisa de boca de urna indicar que seu partido, o Renascimento, enfrentaria uma derrota para a oposição de extrema direita nas eleições parlamentares europeias. Menos de dois meses antes de Paris sediar os Jogos Olímpicos, o presidente disse que as eleições para a Câmara aconteceriam no dia 30 de junho, com votação de segundo turno em 7 de julho. 

Sobre a derrota, o presidente afirmou que os resultados foram desastrosos para o seu governo. A decisão de convocar as eleições para 30 de junho foi inesperada. Se o partido National Rally (RN) de Le Pen obtiver maioria parlamentar, Macron pode ficar impotente.

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O partido de extrema direita União Nacional (RN) obteve uma vitória expressiva, com 31,5% dos votos, mais que o dobro da participação do Renascimento, que ficou em segundo lugar com 15,2% dos votos. O líder do RN, Jordan Bardella, pediu publicamente a Macron que dissolvesse o parlamento, considerando a diferença entre os dois partidos como uma “desaprovação contundente” para o presidente.

Em resposta, Macron anunciou a dissolução da câmara baixa francesa e a realização de eleições legislativas. O primeiro turno está marcado para 30 de junho, com um segundo turno em 7 de julho. O presidente justificou sua decisão como um ato de confiança no povo francês e na capacidade de tomar a decisão mais justa.

Vale ressaltar que as eleições parlamentares francesas elegem os 577 membros da Assembleia Nacional, e são realizadas separadamente das eleições presidenciais, que não estão previstas novamente até 2027.

Com informações de Agência Brasil