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TRE-PB condena Célio Alves por violência política de gênero; pena é de reclusão e inelegibilidade
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O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) condenou o comunicador Célio Alves (PSB), nesta segunda-feira (17), em processo de violência política de gênero. A condenação foi a primeira da Paraíba, no caso que teve como vítima a deputada estadual Camila Toscano (PSDB). A ação envolve um comentário de Célio que, durante uma transmissão ao vivo, disse que a deputada parecia uma “youtuber, uma digital influencer”. “Eu sinto que vencemos, que a partir de hoje, com esse julgamento, nosso a tribunal dá um grande passo para acabar com a violência de gênero que vivenciamos todos os dias”, disse a Camila.

Célio foi o primeiro da Paraíba a ser condenado por violência política de gênero (Foto: Reprodução/Instagram)

Violência política de gênero é crime previsto em lei. Por essa razão, o comunicador, que também é pré-candidato a vereador em Guarabira e ex-secretário de Estado nos governos de Ricardo Coutinho (PT) e João Azevêdo (PSB), foi condenado a reclusão de 1 ano e 10 meses e multa, além de ficar inelegível. A votação foi de cinco votos a favor da condenação e um contrário.

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Sobre a condenação, a vítima afirma que se sente aliviada. “Uma decisão pedagógica que vai nortear as eleições que se aproximam. Alívio, gratidão, muita gratidão e felicidade em saber que estou conseguindo o maior propósito de todos que é ajudar as mulheres da Paraíba na nossa luta”, afirmou Camila.

Daniella se solidariza com a vítima

A senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) disse que a decisão deve ser comemorada não só pela deputada Camila Toscano, a quem a senadora se solidariza pela violência sofrida, mas por todas as mulheres que estão na política.

“É uma decisão que vem para marcar a história de todas nós, mulheres que estamos na política. Fui a relatora dessa lei no Senado Federal e sei a importância que é ter uma legislação que ampare a mulher e que puna quem ousar agredi-la ou diminui-la. A lei vem para corrigir uma situação que não pode, jamais, ser admitida”, declarou.

Senadora já foi vítima de violência política de gênero

Desde que entrou na vida pública, Daniella enfrentou diversos ataques à sua honra e à sua imagem, em tentativas vis de desqualificar a sua trajetória. Por vezes, ouviu comentários desprezíveis do tipo “chegou para enfeitar a tribuna”; “ela não conta, é café com leite”; “ela usa as passarelas do Senado para desfilar”; e “ela tem incontidos rasgos de outros sentimentos”. No entanto, Daniella nunca se intimidou.

A senadora Daniella Ribeiro foi, no Senado Federal, a relatora do PL que resultou na Lei 14.192/2021. A legislação define regras para a prevenção e punição de práticas que tenham como objetivo excluir as mulheres dos espaços do poder.

A violência política de gênero pode ser caracterizada como todo e qualquer ato que tenha como objetivo excluir, impedir ou restringir o acesso de mulheres a espaços políticos.

Com informações de assessoria de imprensa

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