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Ressocialização: evento literário do Conselho Nacional de Justiça terá participação de socioeducandos de João Pessoa
Termômetro da Política
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Nos dias 11, 12, 16 e 17 de julho será realizada a terceira edição do “Caminhos Literários no Socioeducativo: pelo direito à cultura”. O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem como tema: “O que pode a cultura no Sistema Socioeducativo?” e será transmitido no canal do CNJ, no rede social digital YouTube. O objetivo é qualificar a discussão sobre o acesso à cultura e à leitura por parte de adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa, além de garantir o protagonismo e a participação desse público no debate.

(Foto: Farley Santos/Flickr)

O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) tem apoiado ações nesta seara, por meio do atuação do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF), no eixo Socioeducativo, com orientações junto à Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac), incentivando o projeto dos socioeducandos do Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE), em João Pessoa, que irão participar do evento do CNJ.

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Para a diretora do Fórum da Infância e Juventude da Comarca da capital, Antonieta Lúcia Maroja Arcoverde Nóbrega, titular da 2ª Vara da Infância e Juventude, a cultura e o letramento efetivo são vias de acesso ao conhecimento libertador, de forma a alargar os horizontes do jovem, através da criação de novas perspectivas para sua vida adulta.

“A capacitação para um pensamento crítico, o estímulo à criatividade e os horizontes abertos pela leitura mudam, de forma definitiva, as vidas dos jovens inseridos na socioeducação. Ações como essa, mais que bem vindas, são necessárias”, enfatizou a magistrada.

O juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, Adhailton Lacet, comentou que o projeto do CNJ merece todos os aplausos, pelo fato de que a literatura liberta, realçando que ler é o único vício que causa independência. “Portanto, todos os adolescentes que estão cumprindo medidas socioeducativas e que participam de um projeto literário só têm a ganhar: independência, liberdade e sabedoria”, exaltou o magistrado.

A integrante do Programa Fazendo Justiça (CNJ/PNUD), Olívia Almeida, observou que, como uma das estratégias da ação de Fomento à Cultura do Programa Fazendo Justiça, a terceira edição do Caminhos Literários marca um importante momento de ampliação do debate sobre o direito de acesso à cultura e à leitura no sistema socioeducativo e os 34 anos do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). 

“Na Paraíba, essa construção vem ocorrendo através da parceria entre o GMF e profissionais da FUNDAC, que há dois meses se reúnem para formular e articular ações que compõem a programação do evento”, frisou.

Já a coordenadora do Eixo Educação da FUNDAC, Aryanne Rodrigues Tomaz Coutinho, destacou que o evento literário desempenha um papel crucial na ressocialização dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, pelo fato de oferecer acesso à cultura e promover a transformação social e pessoal dos jovens envolvidos.

“O apoio do judiciário pode garantir a continuidade e a sustentabilidade de projetos culturais, assegurando que iniciativas como o “Caminhos Literários” possam ser realizadas de maneira contínua e com impacto duradouro. Esperamos que seja uma experiência rica e eficaz para a vida e formação dos educandos”, afirmou Aryanne Rodrigues.

Projeto

Os adolescentes do Centro Socioeducativo Edson Mota vão se apresentar no evento do CNJ, com a seguinte programação: vídeo de rap e cordéis autorais – Vozes Periféricas, abordando o Bulling na Escola; um grupo de percussão constituído pelos alunos (a ação é um dos resultados das Oficinas de Música e Disciplina Cultural, integrando a matriz curricular da base diversificada) e o projeto Salve a Mãe Natureza: Arte e sustentabilidade em busca do protagonismo ambiental.

Fonte: TJPB

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