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Morre aos 96 anos o ex-ministro da Fazenda e ex-deputado federal Delfim Netto
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O ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento nas décadas de 60, 70 e 80, ex-deputado federal e professor da Faculdade de Economia da USP, Antônio Delfim Netto, estava internado desde o último dia 5 no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, e teve complicações em seu quadro de saúde. Morreu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos.

Economista deixa filha e neto. Ele morreu em São Paulo (Foto: Reprodução/Youtube)

O motivo da internação de Delfim não foi divulgado. Não haverá velório aberto e o enterro será restrito à família do ex-ministro, que deixa uma filha e um neto.

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Descendente de imigrante italianos, ele nasceu em São Paulo, em maio de 1928. Formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958. Fez carreira acadêmica como professor titular de Análise Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP).

Foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco, em 1965. Tornou-se secretário de Fazenda no governo de São Paulo em 1966.

Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi instituído durante o governo Gosta e Silva, para suspender direitos e garantias individuais.

Delfim Netto chegou a ministro da Fazenda em 1967, ainda no governo Costa e Silva, e ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974.

Nos quatro anos seguintes, foi embaixador do Brasil na França e, em 1979, passou a integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central no governo Figueiredo.

Delfim foi deputado federal na Constituinte de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático Social, sucessor da Arena. Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara até 2007.

Fonte: Agência Brasil, com informações de g1

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