O senador Flávio Arns (PSB-PR) destacou na última terça-feira (27) a importância da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, celebrada anualmente de 21 a 28 de agosto. Durante seu pronunciamento no Plenário, o parlamentar ressaltou que este período é marcado por uma série de atividades organizadas por instituições como as Apaes (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) e as Associações Pestalozzi, que têm como objetivo valorizar o papel dessas pessoas na sociedade, seja no trabalho, na educação, ou em outros aspectos da vida cotidiana.
“Temos que lembrar que já existem outras datas para outras áreas de deficiência, muito importantes também, lembradas com muita ênfase aqui no Congresso Nacional. Cito, por exemplo, o Dia Nacional da Síndrome de Down; o Dia Nacional e Internacional da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Mas agora, de 21 a 28, é esta área. Pelos últimos 60 anos, todas as semanas do dia 21 ao 28, durante uma vez por ano, mas assim se perpetuando, concorrendo durante o ano todo para a lembrança da pessoa que lá atrás, se dizia “Semana Nacional do Excepcional”. A terminologia foi mudando e hoje, então, é para estas duas áreas: deficiências intelectual e múltipla”, disse.
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Flávio Arns chamou a atenção para a diversidade das condições incluídas na categoria de deficiência intelectual, abrangendo desde atletas paralímpicos até pessoas que necessitam de cuidados intensivos em casa, enfrentando dificuldades severas, como a necessidade de auxílio para respirar e se alimentar. O parlamentar também enfatizou o papel fundamental das famílias, especialmente das mães, que muitas vezes dedicam suas vidas ao cuidado de filhos com deficiências mais acentuadas.
O senador também destacou a importância de políticas públicas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário-mínimo às famílias em situação de vulnerabilidade com dependentes com deficiência. Porém, ele alertou para a insuficiência do valor do benefício, que muitas vezes mal cobre os custos básicos de medicamentos e equipamentos necessários.
“É uma luta permanente, apesar dos avanços que aconteceram no Brasil. Quero dizer que é um dia de celebração da luta das famílias das pessoas com deficiência, dos profissionais que atuam nessa área, dos amigos da área, para dizer: Olha, estamos juntos, estamos unidos. Queremos, na verdade, que os direitos dessas pessoas, que estão expressos na legislação. A nossa legislação é muito boa, porém, a legislação precisa ser cumprida, precisa se tornar realidade. Nesse sentido, é uma luta por direitos, direitos transformados em realidade”, afirmou.
Fonte: Agência Senado