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“Foi tardia”, diz Walber sobre operação da PF que investiga influência de facção criminosa nas eleições de Cabedelo
Termômetro da Política
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A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (18), a Operação Em Passant, com objetivo de cumprir três mandados de busca e apreensão, visando investigar a influência de facção criminosa nas eleições municipais de Cabedelo, na Paraíba. O deputado estadual Walber Virgolino (PL), que concorreu à prefeitura no último pleito, classificou a operação como “tardia”.”Eu acho que essa operação foi tardia. Se ela tivesse acontecido lá atrás, talvez o resultado fosse outro, mas já adotei as medidas legais”, disse Walber.

Walber foi candidato a prefeito de Cabedelo (Foto: Reprodução/Instagram)

Segundo a PF, através de controle de território, os investigados da operação teriam exercido influência no pleito eleitoral, praticando as condutas de constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto e outros que restarem comprovados. Os crimes investigados são: constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato, dentre outros.

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“Uma Prefeitura que usa o poder econômico, usa o poder político e usa a associação do tráfico para ganhar uma eleição, uma gestão dessa não pode prosperar, não pode continuar”, disse Walber.

Ainda para a PF, as diligências realizadas nesta sexta-feira (18) visam obtenção de provas de materialidade e autoria que reforcem os elementos já colhidos durante a investigação policial, objetivando a responsabilização dos envolvidos pelos crimes eleitorais praticados.

Em entrevista ao Termômetro da Política, Walber fez um comparativo entre operações que estão acontecendo em João Pessoa, a Operação Território Livre, contra aliciamento violento de eleitores, e a Operação Mandare, que apura a relação entre grupos criminosos e órgãos públicos da capital paraibana.

“O que a Polícia Federal fez hoje eu venho denunciando desde 2018, venho denunciando que o que acontece em João Pessoa, em Cabedelo acontece com mais gravidade. Em Cabedelo, para você ter noção, a filha de um traficante, ela foi nomeada secretária executiva. Em João Pessoa, enquanto traficantes estavam indicando gente para cargos não tão importantes, em Cabedelo, estão nomeando gente para cargos em alto escalão, na Prefeitura”, disse Virgolino.

Walber também afirma que sofreu atos de violência praticados por facções durante as eleições municipais. “Eu sofri na pele, em Cabedelo, atos de violência por parte das facções, pessoas obrigadas a não poder votar em mim. Eu não tive uma menina ou algum funcionário de Cabedelo trabalhando na minha campanha porque os traficantes não deixavam, intimidavam, teve candidato a vereador com pistola na boca… tudo isso eu formalizei”, disse o deputado.

Walber foi candidato a prefeito de Cabedelo e teve 8.413 votos, o equivalente a 21,46%.

Em nota, a Prefeitura de Cabedelo disse que está acompanhando a operação desencadeada pela Polícia Federal com tranquilidade e respeito ao trabalho realizado pela PF e o Gaeco.

Com informações de Polícia Federal

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