Um total de 16 testemunhas, tanto de defesa, quanto de acusação, foram ouvidas durante audiência realizada na última quarta-feira (30), no caso do médico Fernando Paredes Cunha Lima, acusado de estupro de vulnerável. Fernando negou todas as acusações.
O pediatra responde judicialmente pelo estupro de seis crianças. O processo em análise, no entanto, envolve quatro deles. Após a audiência, um novo prazo será aberto para as diligências e alegações finais. Com isso, a Justiça deve decidir sobre a condenação ou não de Fernando Cunha Lima.
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A sessão aconteceu de forma híbrida, online e presencial na 4ª Vara Criminal, no Fórum Criminal de João Pessoa. Fernando participou da audiência de forma remota e permaneceu em silêncio durante toda as perguntas feitas pelo advogado de acusação, mas respondeu às perguntas do juiz e do advogado de defesa.
No primeiro dia de audiência, realizado terça-feira (29), a Justiça ouviu o depoimento de duas vítimas. Elas fizeram relatos por terem a consciência do fato. As outras crianças, no entanto, não prestaram depoimento.
Há uma padronização na forma do médico agir para praticar os abusos, aponta o inquérito policial. Diversas denúncias evidenciaram que Fernando Cunha Lima tinha o hábito de entregar a receita médica logo ao iniciar a consulta. De acordo com os pais das crianças, a letra do pediatra é difícil de ler. Enquanto eles estariam tentando fazer a leitura, supostamente aconteciam os abusos.
Outra mãe relatou que o médico agia com brincadeiras para trazer mais confiabilidade para os pais e as crianças. Por se tratar de médico, elas iam criando confiança, apesar dos comportamentos estranhos. “Depois de tudo o que aconteceu, eu percebi que a minha filha sempre se contraía todas as vezes que ele ia examiná-la”, afirmou.
Este caso veio à tona após a mãe de uma criança de nove anos fazer a primeira denúncia. Depois, outras famílias também prestaram depoimentos contra o pediatra.
Uma das denúncias foi feita pela própria sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima. Ela afirmou, em entrevista, que sofreu abuso do tio há mais de 30 anos.
Com informações de portal Correio