Com o crescente descontentamento com a resposta à catástrofe que matou pelo menos 217 pessoas, a Espanha está enviando 7.500 soldados para a região leste, atingida por enchentes devastadores, segundo o governo nesta segunda-feira (4). O número de mortes nas piores enchentes da história moderna da Espanha subiu para 217 no domingo, quase todas na região de Valência e mais de 60 no subúrbio de Paiporta.
O Exército enviou cerca de 5 mil soldados no último final de semana para colaborar na distribuição de alimentos e água, limpar as ruas e proteger lojas e propriedades de saqueadores. Outros 2.500 se juntarão a eles, segundo a ministra da Defesa, Margarita Robles.
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A insatisfação dos moradores locais se concentrou nos alertas tardios das autoridades sobre os perigos das enchentes e na percepção de que os serviços de emergência demoraram a responder. Ainda ontem, alguns moradores de Paiporta jogaram lama no primeiro-ministro Pedro Sánchez, no rei Felipe e em sua esposa, a rainha Letizia, gritando: “Assassinos, assassinos!”
O ministro dos Transportes, Oscar Puente, disse que o número de mortos se estabilizou porque todas as vítimas na superfície haviam sido identificadas.
Ainda que as chuvas tenham continuado durante o resto da semana, não houve mais grandes inundações na área. Na manhã desta segunda, a agência meteorológica emitiu um alerta para Barcelona, conforme granizo e chuvas fortes atingiam a segunda maior cidade da Espanha.
Com informações de Agência Brasil