As 39 famílias residentes no edifício Nações Unidas, no Centro de João Pessoa, estão de mudança para o aluguel social, enquanto a Prefeitura de João Pessoa realiza, a partir desta quarta-feira (6), a requalificação do imóvel, dentro da modalidade Retrofit, do programa ‘Minha Casa, Minha Vida”, para ‘. O objetivo é que seja garantida uma moradia digna e com mais conforto.
Nesta terça-feira (5), o prefeito Cícero Lucena (PP) esteve com os moradores, acompanhando a assistência prestada pelas secretarias de Habitação Social (Semhab), Desenvolvimento Social (Sedes) e Direitos Humanos (Sedhuc), que conduziram a mudança das famílias. O gestor destacou o avanço dos programas habitacionais da prefeitura na região central, com empreendimentos habilitados junto ao Governo Federal.
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“A gente apresentou o chamamento habitacional do Governo Federal e conseguimos recursos para fazer aqui a moradia, obviamente com a preferência para os que aqui estavam na ocupação. Agora, nós queremos fazer isso mais completo, é o tipo da ação que você atende a vários aspectos que consideramos importantes. Primeiro, esse social, de dar uma moradia a quem precisa. Segundo, fazer isso através do diálogo, conversando e encontrando as melhores alternativas e soluções”, afirmou o prefeito.
“No projeto de recuperação do Centro Histórico, que o mundo inteiro adota, entre os itens que contribui para isso, a moradia. Por isso, é que estamos fazendo aqui. O Ipase também será outro prédio aqui no Ponto de Cem Réis, com moradia. Estamos construindo o condomínio da Proserv, que vamos aproveitar e já acomodar aquelas pessoas do Porto do Capim, que vão se mudar para ali a 200, 300 metros de onde mora, só que com melhor qualidade de vida”, detalhou Cícero Lucena.
O vice-prefeito Leo Bezerra (PSB) observou a preocupação da prefeitura em garantir renda para as famílias nesse momento, citando o pedido do prefeito Cícero Lucena para aproveitar a mão de obra dos moradores durante o trabalho de requalificação do edifício. “Mostra como nossa gestão é humana. É entregar mais do que um equipamento, vai entregar humanidade, vai dar satisfação a essas pessoas de saírem de situações de vulnerabilidade para apartamentos prontinhos para morar com sua família”, enfatizou.
No prédio Nações Unidas, a construtora responsável pela obra de requalificação promete cumprir em um prazo de um ano e meio, para que as mesmas famílias possam retornar ao local, que estará totalmente adaptado para abrigar unidades habitacionais.
A Prefeitura realizou todo um trabalho prévio com as famílias, desde o projeto dos apartamentos até reuniões sobre a dinâmica de como seria a retirada das famílias que foram inseridas no programa Auxílio Moradia. O Edifício Nações Unidas foi doado ao Fundo de Arrendamento Residencial, orçado em R$ 9 milhões e com contrapartida da gestão municipal.
“São 39 apartamentos, 9 pontos comerciais, e as pessoas que moravam aqui estão indo, saindo para auxílio moradia, mudanças com caminhões com o patrocínio da Prefeitura, para voltarem assim que a obra estiver pronta. A empresa está começando amanhã, já fazendo a obra, começando com a parte de estrutura hidráulica e elétrica e, em seguida, a parte dos apartamentos”, explicou a secretária Municipal de Habitação (Semhab), Socorro Gadelha.
Regina Franca é diretora de Trabalho Técnico Social da Semhab e destacou o esforço intersecretarial que mobilizou diversos órgãos da Prefeitura. “Nós estamos removendo 12 famílias que ainda residem na ocupação, no prédio Nações Unidas, e eles estão tendo todo o suporte, tanto da Secretaria da Habitação, em parceria com o Sedhuc, Sedes e outras secretarias que estão dando suporte na assistência à mudança, como a Sedurb, Guarda Civil Metropolitana, Emlur, Semob e Defesa Civil, com toda a estrutura de caminhão, que será assessorado na mudança dessas famílias. O prédio está sendo entregue à construtora hoje e temos previsão de entrega em um ano e meio, além do espaço de comércio”, ressaltou.
Vanessa Silva está na ocupação desde o início, em 2023, junto de seus cinco filhos e será uma das famílias que irá retornar ao prédio quando estiver pronto. Ela conta sobre a emoção de saber que terá sua casa própria em breve. “Pra mim está sendo uma realização, em saber que futuramente o prédio vai ser da gente, a moradia. Sempre foi meu sonho ter uma moradia, nunca consegui, mas agora estou conseguindo. A gente tá saindo com auxílio moradia, a prefeitura olhou por nós e solicitou auxílio moradia pra gente. Eu não vejo a hora de entrar com meus filhos, que sempre foi o sonho deles e a gente estiver entrando no nosso lar tudo novo e não vejo a hora”, completou.
Outra moradora que está saindo hoje do Nações Unidas mas que retornará ao final da reforma é Laiza Paulino. “Pra mim é muito importante o dia de hoje porque eu estou saindo daqui, mas com grande certeza e com uma grande vitória aqui. Foi com a luta que a gente conquistou as coisas. Estou saindo com certeza que a gente vai voltar pra cá, vamos ter que sair daqui porque vai ter que reformar e será mais gratificante ainda quando, claro, a gente receber o prédio, que voltar, que conseguir a chave, além de ser o Centro da cidade, isso aqui é uma maravilha, porque é perto de tudo. E nesse centro tem que ter vida e com a moradia aqui traz negócio de compra, traz uma vida pra essa redondeza”, reforçou.
Fonte: PMJP