A Polícia Civil cumpriu, na tarde da última terça-feira (5), um mandado de busca e apreensão na residência do médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, acusado de estupro de vulnerável durante as consultas médicas que realizava. Um mandado de prisão também foi expedido, mas, como não foi encontrado em casa, o médico famoso na capital paraibana é considerado foragido. “A gente aprendeu um material bastante volumoso, isso vai para a perícia e ele agora é considerado foragido”, disse a delegada Carolina Adisse.
A prisão, em segunda instância, foi decretada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), também na terça-feira (5). O advogado Lucas Mendes, que faz parte da defesa de Fernando Cunha Lima, informou que a defesa considera a decisão “equivocada” e que irá solicitar um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça.
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Também foram determinadas buscas e apreensão em locais ligados ao médico de 81 anos, em computadores, celular, quebra do sigilo telemático e em documentos do consultório do médico.
O Ministério Público pediu a condenação do acusado por quatro crimes cometidos contra três crianças, uma vez que uma das vítimas foi abusada duas vezes. Porém, o número de vítimas foi recalculado.
O médico responde judicialmente por estupro contra seis crianças. Em um primeiro processo, são quatro vítimas, e em um segundo, há mais duas.
Em uma série de depoimentos dados à Polícia Civil, as mães narraram que os abusos aconteciam dentro do consultório, com as vítimas em cima de uma maca, quando o médico obstruía a visão delas ou fazia a ausculta do pulmão das crianças.
Duas sobrinhas também relataram ter sofrido abusos de Fernando Cunha Lima quando eram crianças. Porém, como o crime já prescreveu, elas vão atuar como testemunhas no processo. Uma das sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, afirmou, em entrevista, que sofreu abuso do tio há mais de 30 anos.
Com informações de g1