Entre mensagens analisadas pela Polícia Federal, o general da reserva e ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência da República, Mario Fernandes, recebeu um áudio do general-de-brigada da reserva Roberto Criscuoli, em 29 de novembro de 2022, discutindo abertamente a possibilidade de uma “guerra civil” no Brasil. “Nós estamos esperando o quê?”, questionou Criscuoli.

Em áudio, Criscuoli diz que a insurgência deveria ocorrer antes da posse de Lula, aproveitando o “apoio maciço” de manifestantes que estavam acampados em frente aos quarteis-generais pelo Brasil e concentrados em Brasília. “Se nós não tomarmos a rédea agora, depois eu acho que vai ser pior. Na realidade, vai ser guerra civil agora ou guerra civil depois”, afirmou. Para ele, a ação seria urgente. “É melhor ir agora. O povo está na rua e pedindo, que, daqui a pouco, nós vamos por interesse próprio.”

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Criscuoli também defende o descumprimento da Constituição. “Não tem que ser mais democrata agora. Ah, não vou sair das quatro linhas. Acabou o jogo, pô. Não tem mais quatro linhas. Agora o povo da rua tá pedindo, pelo amor de Deus,” disse Criscuoli, referindo-se à suposta necessidade de ultrapassar os limites constitucionais.

No final do áudio, Roberto pediu para que Mario Fernandes transmitisse a mensagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ainda em áudio, Criscuoli insistiu que a demora em agir estava favorecendo os adversários e pediu uma intervenção imediata: “Nós estamos esperando o quê? Dando tempo pra eles se organizarem melhor? Pra guerra ser pior? Irmão, vamos agora. Fala com o 01 aí, cara. É agora. Hoje eu tô dentro, amanhã eu não tô mais não.”

Com informações de g1