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Polícia Federal e MPE deflagram operação para desarticular esquema de caixa 2 para compra de votos
Termômetro da Política
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A Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral deflagraram nesta quinta-feira (5) a Operação Vis Occulta, desdobramento da Operação Mercato Clauso, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso estruturado e hierarquizado, responsável pela compra de votos e influência no pleito eleitoral em dezenas de municípios do Ceará.

Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão e aplicadas medidas cautelares a cinco investigados (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

As investigações revelaram indícios de que os valores utilizados para a compra de votos foram obtidos por meio de um esquema de caixa 2, envolvendo contratos públicos direcionados a empresas vinculadas à organização criminosa. Esses recursos eram destinados ao financiamento ilícito de campanhas eleitorais, comprometendo a lisura do processo democrático.

Na ação de hoje, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão e aplicadas medidas cautelares a cinco investigados, como o recolhimento domiciliar noturno e o uso de tornozeleira eletrônica. As buscas concentraram-se em endereços na cidade de Fortaleza, com o objetivo de coletar mais elementos que possam corroborar as investigações.

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Além das ações realizadas, foi autorizado o compartilhamento dos dados investigativos com as Promotorias Eleitorais de Canindé e Choró, com o objetivo de subsidiar o eventual oferecimento de ações impugnativas no âmbito eleitoral.

As informações também serão compartilhadas com a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), para o aprofundamento das investigações sobre o possível envolvimento de servidor público cooptado pelo grupo. Por fim, os dados serão disponibilizados à Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), para dar suporte às apurações de fraudes em processos licitatórios relacionadas às atividades da organização criminosa.

Fonte: Polícia Federal

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