Cerca de um milhão de refugiados sírios estão previstos para retornar ao seu país nos primeiros seis meses de 2025, de acordo com Rema Jamous Imseis, diretora para Oriente Médio e Norte da África da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Ela também solicitou que os países onde esses refugiados se encontram não os forcem a voltar.

Na semana passada, um rápido avanço rebelde removeu do poder o presidente sírio Bashar al-Assad, o que aumentou a possibilidade de retorno dos sírios que fugiram durante os 13 anos de guerra civil.

“Temos enormes necessidades humanitárias em uma escala que não diminuiu de forma alguma”, afirmou ela, apontando que um milhão de pessoas foram deslocadas internamente desde o início da ofensiva rebelde.

Logo após a tomada do poder pelos rebeldes, milhares fugiram da Síria, ao mesmo tempo que milhares retornaram, principalmente da Turquia, Líbano e Jordânia, segundo a diretora.

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Ela mencionou que alguns dos que fugiram podem ter ligações com o antigo governo ou serem minorias religiosas preocupadas com sua situação sob o novo regime, liderado pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que já teve vínculos com a Al-Qaeda.

Os países devem ter paciência enquanto os refugiados sírios decidem sobre o retorno, disse ela. “É essencial manter a proteção para os sírios que já encontraram refúgio nos países anfitriões e evitar sua devolução forçada à Síria”, declarou.

Ao ser questionada sobre a suspensão de pedidos de asilo para sírios em alguns países, ela respondeu: “Fomos muito claros em nosso conselho contra a devolução. Ainda é muito cedo para avaliar a segurança e a estabilidade na Síria, e muitas questões ainda precisam ser esclarecidas.”

Com informações da Agência Brasil.