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Descongestionante ‘inútil’ na forma de comprimido tem efeito se usado como spray nasal
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A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, do inglês Food and Drug Administration) propôs a remoção de um ingrediente comum, mas ineficaz, de medicamentos para resfriado vendidos sem receita, afirmando que ele não funciona para aliviar a congestão nasal.

Estudos comprovaram que quando metabolizada no intestino, a fenilefrina não atinge o sangue em níveis suficientes para proporcionar alívio eficaz (Foto: mcfarlandmo/Flickr)

A fenilefrina é um ingrediente-chave em muitos produtos populares no Brasil, como Benegrip Multi, Resfenol, Cimegripe, Naldecon, Decongex, Coristina D. “É papel da FDA garantir que os medicamentos sejam seguros e eficazes”, disse a Dra. Patrizia Cavazzoni, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Drogas da FDA, em um comunicado.

A fenilefrina foi aprovada para uso sem receita na década de 1970, mas sua eficácia foi questionada há muito tempo. Em 2007, professores da Universidade da Flórida pediram à FDA para reavaliar se uma pílula de 10 miligramas de fenilefrina funcionava como descongestionante. Desde então, estudos têm mostrado consistentemente que a fenilefrina não é mais eficaz do que um placebo. Um novo pedido de reavaliação foi feito em 2015.

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A FDA analisou décadas de dados e concluiu que, quando metabolizada no intestino, a fenilefrina não atinge o sangue em níveis suficientes para proporcionar alívio eficaz. “Com base na nossa revisão dos dados disponíveis, e em linha com a recomendação do comitê consultivo, estamos avançando no processo de propor a remoção da fenilefrina oral porque ela não é eficaz como descongestionante nasal”, disse Cavazzoni.

No entanto, a fenilefrina em sprays nasais ainda é considerada eficaz. A FDA enfatizou que sua proposta não é baseada em preocupações de segurança, mas sim em questões de eficácia.

A agência está pedindo comentários públicos sobre a decisão, que afetaria produtos vendidos em farmácias e lojas de conveniência ao redor do país. Se aprovado, os fabricantes teriam tempo para reformular seus produtos ou retirá-los do mercado.

Vale lembrar que a FDA e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantêm um acordo de cooperação técnica, o que pode indicar a mesma recomendação para esse tipo de medicamento no Brasil.

Com informações da AP.

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