O presidente Lula lamentou a morte do presidente dos Estados Unidos (EUA) entre 1977 e 1981, Jimmy Carter. O democrata morreu aos 100 anos, no último domingo (29). A informação foi confirmada por seu filho ao jornal americano “The Washington Post”. “Amante da democracia e defensor da paz”, disse Lula na rede social digital X.
Filiado ao Partido Democrata, Carter foi senador e governador do estado da Geórgia antes de chegar à presidência, marcada por uma grave crise econômica e esforços de paz em todo o mundo.
O ex-presidente liderou negociações diplomáticas relevantes, que levaram, por exemplo, aos acordos de paz entre Egito e Israel e a acordo de limitações de armas estratégicas entre os Estados Unidos e a União Soviética.
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Após o fim do seu mandato presidencial, o Presidente Carter continuou, através do “Carter Center”, a trabalhar pelo fortalecimento de instituições democráticas e o respeito aos direitos humanos no mundo, esforço que lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002.
Além de Lula, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, também lamentou a morte do ex-presidente dos EUA.
Em nota, o ministro disse que “o presidente Jimmy Carter foi uma pessoa que honrou a vida pública, com integridade e compromissos com a democracia e com os direitos humanos. A Fundação que leva o seu nome foi observadora das eleições brasileiras, em participação importante. Sua memória merece ser reverenciada como alguém que deu contribuição valiosa à causa da humanidade”.
Jimmy Carter foi senador, governador da Geórgia e presidente dos Estados Unidos. Foi, acima de tudo, um amante da democracia e defensor da paz. No fim dos anos 70, pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos. Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina.
Carter conseguiu a façanha de ter um trabalho como ex-presidente, ao longo de décadas, tão ou mais importante que o seu mandato na Casa Branca. Criticou ações militares unilaterais de superpotências e o uso de drones assassinos. Trabalhou junto com o Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti. Criou o Centro Carter, uma referência mundial em democracia, direitos humanos e diálogo. Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento.
Meus sentimentos aos seus familiares, amigos, correligionários e compatriotas nesse momento de despedida.
Com informações de Ministério das Relações Exteriores, g1 e STF.