O gabinete de Israel aprovou um acordo com o grupo militante palestino Hamas para um cessar-fogo e a troca de reféns na Faixa de Gaza, segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

De acordo com o acordo, um cessar-fogo de seis semanas começará a valer neste domingo (19), iniciando uma série de trocas de reféns por prisioneiros, que poderia levar ao término da guerra de 15 meses em Gaza. A decisão foi apoiada por 24 ministros do governo de coalizão de Netanyahu, enquanto oito votaram contra.

Na sexta-feira, o gabinete de segurança de Israel já havia aprovado o acordo de cessar-fogo, sendo essa a primeira de duas votações necessárias.

A guerra entre Israel e o Hamas devastou grande parte da densamente urbanizada Gaza, resultando na morte de mais de 46.000 pessoas e no deslocamento repetido da maioria dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, conforme relatado pelas autoridades locais.

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Se bem-sucedido, o cessar-fogo pode aliviar as tensões no Oriente Médio, onde o conflito em Gaza se expandiu para incluir o Irã e seus aliados, como o Hezbollah no Líbano, os houthis no Iêmen, grupos armados no Iraque e a Cisjordânia ocupada.

Na sexta-feira, ataques aéreos israelenses continuaram intensos em Gaza, e o serviço de emergência civil palestino reportou que 116 palestinos, incluindo quase 60 mulheres e crianças, foram mortos desde o anúncio do acordo na quarta-feira.

Na primeira fase do acordo, que dura seis semanas, o Hamas libertará 33 reféns israelenses, incluindo todas as mulheres (militares e civis), crianças e homens acima de 50 anos. Em contrapartida, Israel libertará todas as mulheres e menores de 19 anos palestinos detidos em suas prisões até o fim desta primeira fase.

Com informações da Agência Brasil.