O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a cassação do mandato do prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), da vice-prefeita Camila Holanda (PP) e do vereador Márcio Silva (União Brasil). A solicitação foi feita através de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, fundamentada em provas coletadas durante a Operação “En Passant”, realizada pela Polícia Federal e pelo Gaeco.
Em nota, o prefeito André Coutinho informou que está tranquilo com a informação recebida. “Tenho a certeza da idoneidade e honestidade com que enfrentamos todo o processo eleitoral, lado a lado com o povo cabedelense. Confio no trabalho da justiça eleitoral que, após analisar todo o processo, confirmará a inocência da chapa que venceu em todas as regiões da cidade”, disse o prefeito André Coutinho, em nota.
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Em uma nota, o vereador Márcio Silva declarou estar disposto a colaborar com o necessário e que não apoia práticas que violem a ética e o respeito ao processo eleitoral.
A defesa de Camila Holanda alegou que, com o desenrolar do processo, será comprovado que não houve irregularidades.
Em outubro de 2024, a Polícia Federal iniciou uma operação em Cabedelo, cumprindo três mandados de busca e apreensão para investigar a influência de um grupo criminoso nas eleições da Grande João Pessoa. Um mês depois, uma nova etapa da operação visou o prefeito Vitor Hugo e o prefeito eleito André Coutinho.
No novo processo, a promotora Rhomeika Maria de França Porto caracteriza o caso como um abuso de poder econômico nas eleições locais. Ela menciona conversas encontradas no celular de Flávia Monteiro, uma das investigadas, onde foram identificados comprovantes de votos e registros de depósitos via pix, sugerindo possível compra de votos pelo MPE.
O Ministério Público também relata testemunhos de indivíduos que afirmam ter recebido entre R$ 100 e R$ 300, oficialmente como pagamento por serviços, mas o MPE não ficou convencido com essa justificativa.
Além de solicitar a cassação dos mandatos de André Coutinho, Camila Holanda e Márcio Silva, o MPE pede também a inelegibilidade dos três e a aplicação de multas.
Por sua vez, o advogado Walter Agra, representando André Coutinho e Camila Holanda, recebeu a notícia da ação com tranquilidade, afirmando que o processo comprovará a ausência de irregularidades.
O vereador Márcio Silva, por meio de nota, afirmou que está à disposição para contribuir com o que for necessário, que não compactua com quaisquer práticas que contrariem a ética e o respeito ao processo eleitoral, e que confia plenamente no trabalho das autoridades competentes. Ele afirmou que acredita que a apuração dos fatos será conduzida de forma imparcial e célere, garantindo o esclarecimento completo à sociedade.
Com informações do g1 PB.