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Empresas estatais brasileiras voltaram a investir; Esther Dweck diz que não existe rombo
Termômetro da Política
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Divulgado nesta quarta-feira (5) pela ministra Esther Dweck, as empresas brasileiras dobraram os investimentos em relação a 2022. Para a ministra, a contabilidade das estatais deve ser feita como nas empresas privadas, e não seguindo a lógica do serviço público. Por isso, as empresas públicas não apresentam déficit, e sim lucro. “Não existe rombo. O que houve foram investimentos, o dinheiro está sendo executado”, disse a ministra.

Para a ministra (à esq.), houve uma mudança de visão sobre o papel das estatais na sociedade (Foto: Camargo/Agência Brasil)

“Muitas dessas empresas, como elas estão gastando dinheiro que está em caixa, isso não aumenta o endividamento delas. Não tem a ver com o aumento da dívida pública. Ao contrário. Essas empresas estão gastando dinheiro em caixa”, disse Esther.

“Eu queria dar um outro dado. É o dado de crescimento do investimento das estatais. Houve um aumento de mais de 40% em relação a 2023 e de quase 100% dos investimentos em relação a 2022”, explicou Dweck.

Com esta mudança na forma de contabilidade, a ministra explicou que das 11 empresas brasileiras que apresentaram déficit, na verdade nove delas tiveram lucro em 2024.

“A gente tem dois tipos de contabilidade. A contabilidade fiscal, que se aplica melhor às contas públicas, ou seja, contas de governo, que tem uma lógica específica, porque justamente a gente pega as receitas contra as despesas do ano. E, por exemplo, qualquer gasto com investimento ele é cheio todo ano. O PAC gastar R$ 30 bilhões, mesmo que construindo algo que vai ficar durante 50 anos no Brasil, a gente contabiliza os R$ 30 bilhões inteiros como despesa e, portanto, você vai fazer as receitas do ano, a diferença com as despesas, qual o resultado fiscal. Essa é a lógica de contabilidade pública que se aplica muito bem a governos.

Segundo a ministra, com o governo do presidente Lula, houve uma mudança de visão sobre o papel das estatais na sociedade.

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“Elas ficaram durante muito tempo, principalmente desde o governo Temer e Bolsonaro, praticamente proibidas de investir ou investindo muito pouco. E muitas delas são empresas lucrativas que foram tendo lucro e o dinheiro ia entrando no caixa, foram acumulando dinheiro em caixa. Então, são receitas de anos anteriores que estavam em caixa. Outras empresas tiveram aportes durante o governo Temer e Bolsonaro. Elas receberam dinheiro do Tesouro que também ficou em caixa para ser investido posteriormente. Esse dinheiro, no momento que o Tesouro faz o aporte nas empresas, ele vira uma receita naquele ano. Se não houve despesa, aquilo ali gerou um superávit para ela naquele ano. O que aconteceu quando o presidente Lula entra, a gente muda a lógica. Olha para as estatais e fala: ‘vocês precisam voltar a investir’”, disse a ministra

Como exemplo, ela citou os casos do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Dataprev, que investiram em supercomputadores e equipamentos para fazer a gestão e armazenamento de dados públicos, governo digital, inteligência artificial. Esther Dweck ressaltou o papel estratégico das estatais brasileiras.

“As empresas estatais brasileiras voltaram a investir. E isso é um grande patrimônio para a população brasileira. Lembrando que as estatais são do povo brasileiro. Muitas delas são centenárias. Muitas delas têm no mínimo 50, 60 anos. Não são de governo. Elas são do Estado brasileiro, são da população brasileira. O que a gente quer é que elas sejam lucrativas, que elas invistam, gerem ganhos, mais valor público para a sociedade brasileira. E esse é o grande papel delas. E é isso que a gente está trabalhando para que elas façam”.

Fonte: Agência Gov

Matéria alterada às 16h23 para ajuste no título.

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