Economia -
Governo brasileiro aguarda formalização da taxação sobre o aço por parte dos EUA para dar resposta
Termômetro da Política
Compartilhe:

O governo brasileiro decidiu aguardar a formalização, por parte dos Estados Unidos, da taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio antes de se pronunciar sobre o assunto. Além disso, só anunciará possíveis medidas de resposta após a confirmação do aumento dos custos para exportar esses produtos para o mercado norte-americano. A informação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que comentou, nesta segunda-feira (10), o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump. 

“O governo tomou a decisão de só se manifestar, oportunamente, com base em decisões concretas”, disse o ministro Fernando Haddad (Foto: Washington Costa/MPO)

“O governo tomou a decisão de só se manifestar, oportunamente, com base em decisões concretas, e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. O governo vai aguardar a decisão oficialmente antes de fazer qualquer manifestação”, disse Haddad a jornalistas.

O Brasil é o segundo principal fornecedor de aço para os EUA, que são o principal destino das exportações do produto brasileiro. Questionado se o governo discute taxar, em retaliação, as big techs – as gigantes da tecnologia, como Google, Meta e X, Haddad respondeu que o governo vai “aguardar a orientação do presidente da República depois das medidas efetivamente implementadas”.

Veja também
Senai amplia em 35% atendimento a micro, pequenas e médias empresas; quase 11 mil serão beneficiadas em 2025

Em entrevista a rádios mineiras na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil tem direito de usar a lei da reciprocidade. “Para nós, o que seria importante seria os EUA baixarem a taxação e nós baixarmos a taxação. Mas, se ele e qualquer país aumentar a taxação do Brasil, nós iremos taxá-los também. Isso é simples e muito democrático”, disse Lula.

Durante o seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio, mas concedeu depois cotas de isenção para parceiros, incluindo Canadá, México e Brasil, que são os principais fornecedores desses produtos.

Segundo dados da Administração de Comércio Internacional do governo dos EUA, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o país em 2024, perdendo apenas para o Canadá. Já levantamento do Instituto do Aço Brasil, com base em dados oficiais do governo brasileiro, afirma que os EUA foram o principal destino do aço do país, representando 49% de todo o aço que o Brasil exportou em 2023.

Fonte: Agência Brasil

Compartilhe: