Para alcançar as duas vagas na chapa majoritária junto ao governador João Azevêdo em 2026, o partido Republicanos vem mantendo o discurso alinhado entre seus principais líderes. O movimento começou a partir da ousadia do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Adriano Galdino, o primeiro a declarar publicamente a pretensão do partido.
“O partido Republicanos, por merecimento, deixar isso bem claro, por ser o maior partido, vai pleitear duas vagas. Vai pleitear a vaga de governador (para mim), como também uma das vagas de senador. Não é uma questão de impor, é uma questão de merecer. Nós somos o partido maior na Paraíba”, disse Galdino.
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A princípio, a fala do presidente da ALPB pareceu um movimento isolado. Mas, em pouco tempo, ficou evidente que o discurso estava bem ancorado. O presidente estadual do Republicanos e atual comandante da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, reforçou a mesma linha de argumento ao visitar a Paraíba:
“O nosso partido, é importante registrar, é o partido que mais cresceu nas eleições recentes do nosso estado, tanto na eleição de 2022 como na eleição de 2024.”
O alinhamento ficou ainda mais claro quando o presidente nacional da legenda, deputado Marcos Pereira (SP), confirmou que a reivindicação do Republicanos faz parte de um movimento articulado e estratégico.
“Acho que cabe perfeitamente o partido dialogar para ocupar dois espaços na majoritária. Acho perfeitamente plausível.”
Apesar do discurso bem alinhado, a decisão final sobre a composição da chapa não está nas mãos do partido. Quem dá a palavra final sobre a composição da majoritária é o governador João Azevêdo (PSB), que, apesar de reconhecer a legitimidade do pleito, mantém as especulações sob controle e evita qualquer decisão antecipada. Em entrevista à rádio Arapuan FM, ele destacou que o cenário de 2026 será tratado apenas no momento certo:
“Diálogo nós vamos ter e temos permanentemente mantido esses diálogos. Agora, as definições vão acontecer em 2026. Você não vai montar uma chapa agora em 2025 para 2026, mas o diálogo vai acontecer naturalmente.”