Economia -
Governo refaz cálculos e previsão do custo anual para ampliar isenção do IRPF cai R$ 5 bilhões
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (17) que elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais terá um custo anual de R$ 27 bilhões para os cofres públicos. Esse valor é aproximadamente R$ 5 bilhões menor do que a estimativa de R$ 32 bilhões apresentada no final do ano passado.

Segundo Haddad, a previsão de impacto fiscal caiu porque o governo refez os cálculos (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Haddad explicou que a redução no impacto fiscal previsto ocorreu porque o governo revisou os cálculos, considerando o reajuste do salário mínimo após a aprovação do Orçamento de 2025, que deve ser votado apenas em abril. Se aprovada pelo Congresso, a nova faixa de isenção só entrará em vigor em 2026, mas os cálculos iniciais foram baseados no salário mínimo vigente em 2024.

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“Foi um recálculo, porque este ano haverá uma pequena correção depois do Orçamento. Este ano vai ter uma correção por conta do aumento do salário mínimo”, disse Haddad.

Nesta manhã, Haddad reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir os últimos detalhes do projeto de lei ou da medida provisória da reforma do Imposto de Renda, que vai isentar contribuintes que recebem até R$ 5 mil por mês. Segundo o ministro, nesta terça-feira (18), Lula se reunirá com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, para explicar o texto.

Existe a expectativa de a proposta ser divulgada nesta terça, após a reunião com Alcolumbre e Motta. No entanto, o texto pode ser apresentado na quarta-feira (19), porque Lula tem uma viagem marcada para Sorocaba (SP) na tarde desta terça.

Mudanças

Em relação à versão inicial da reforma anunciada em novembro do ano passado, Haddad informou que o novo texto traz duas mudanças determinadas pelo presidente Lula. A primeira é não mexer nas deduções do Imposto de Renda. Na semana passada, o Ministério da Fazenda confirmou ter retirado da proposta o fim da isenção de IRPF para pessoas com doenças graves que ganham mais que R$ 20 mil por mês.

A segunda mudança foi a inclusão do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) no texto final. Haddad não deu detalhes sobre eventuais mudanças na tributação das empresas.

Atualmente, a faixa de isenção do IRPF é de R$ 2.824, o equivalente pouco menos de dois salários mínimos. A tabela do Imposto de Renda está congelada, por causa da não aprovação do Orçamento deste ano. Se a ampliação da faixa para R$ 5 mil entrar em vigor, cerca de 32% dos trabalhadores deixarão de pagar o tributo.

Fonte: Agência Brasil

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