Justiça -
Rodrigo Faro é alvo de ação judicial por suposta propaganda enganosa; defesa alega que apresentador é vítima
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O apresentador Rodrigo Faro, de 51 anos, está sendo processado por suposta propaganda enganosa relacionada à Triê Soluções Financeiras, empresa da qual ele é garoto-propaganda. O caso, que corre no Juizado Especial Cível de Itaquera, em São Paulo, foi detalhado pela reportagem do portal Splash com base nos documentos judiciais.

Defesa de Rodrigo Faro afirma que apresentador é apenas garoto-propaganda (Foto: Antonio Chahestian/TV Record)

O que está em jogo?

Uma consumidora afirma que foi enganada após contratar os serviços da Triê, influenciada pelas propagandas veiculadas com a imagem de Faro. Segundo ela, a empresa prometia revisar contratos de financiamento de veículos, reduzindo juros abusivos.

Em 2020, ela financiou um carro e, ao ver os anúncios da Triê com o apresentador, decidiu aderir ao serviço. A mulher alega que a participação de Faro nas campanhas deu credibilidade à empresa, levando-a a confiar na proposta. Ela passou a pagar mensalidades à Triê, acreditando que os valores seriam usados para quitar seu financiamento original.

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“A autora é uma pessoa de idade. Ela confiou na palavra daquilo que o Rodrigo Faro estava falando. O Rodrigo Faro tem uma participação sobre isso, porque está colocando o rosto dele, utilizando a influência dele, confiando na palavra dele. A responsabilidade está baseada no Código do Consumidor”, alega Nathalia Dutra Braz da Silva, advogada da apelante.

No entanto, o banco responsável pelo financiamento entrou com uma ação de busca e apreensão do veículo devido à falta de pagamento. Para evitar a perda do carro, a consumidora precisou fazer um novo empréstimo e quitou a dívida. Agora, ela pede a devolução do dinheiro pago à Triê, além de indenização por danos morais, somando R$ 59,5 mil. Ela também requer a anulação do contrato com a empresa.

“Houve busca e apreensão, ela passou por um constrangimento. Ela teve de realizar um empréstimo bancário e a gente está cobrando o valor dos juros desse empréstimo, o pedido de dano moral e os valores pagos a Triê”, complementa a advogada.

A defesa de Rodrigo Faro

Os advogados do apresentador argumentam que ele não pode ser responsabilizado por eventuais irregularidades da Triê, já que apenas empresta sua imagem para a marca. Eles destacam que Faro verifica as empresas antes de fechar parcerias e que a Triê já resolveu problemas anteriores.

“O Rodrigo, nessa questão toda, acaba sendo uma vítima. Por quê? Porque, na verdade, ele é um garoto-propaganda. Ele foi contratado por essa empresa para poder fazer a venda da imagem da empresa, como ele faz com diversos outros contratos. Como qualquer outro artista faz com outras marcas também”, justifica defesa do apresentador.

A Triê se manifestou?

A reportagem tentou contato com a empresa na última sexta-feira, mas só obteve resposta na segunda-feira, com a promessa de um posicionamento até terça-feira — o que não ocorreu. No entanto, após o contato da imprensa, a Triê procurou a consumidora e ofereceu um acordo de R$ 3 mil.

Fonte: Portal Splash/UOL

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