Um grupo de onze vereadores da capital paulista anunciou a criação de uma bancada dedicada aos direitos humanos, reforçando seu compromisso com a democracia e a justiça social. Os parlamentares, que representam 20% do total de 55 membros da Casa, buscam fortalecer políticas públicas voltadas para a proteção de direitos fundamentais. A iniciativa marca um posicionamento político coletivo em temas sensíveis da agenda social, com potencial para influenciar debates e proposições legislativas no âmbito municipal. A formação da bancada reflete a crescente importância dessas pautas no cenário político atual.
Serão membros da bancada os vereadores Amanda Paschoal (PSOL), Eliseu Gabriel (PSB), Hélio Rodrigues (PT), João Ananias (PT), Keit Lima (PSOL), Luana Alves (PSOL), Luna Zaratini (PT), Nabil Bonduki (PT), Professor Toninho Vespoli (PSOL), Renata Falzoni (PSB) e Silvia Ferraro, da Bancada Feminista (PSOL). Mais de 40 entidades de defesa dos direitos humanos, como o Instituto Vladimir Herzog, o Grupo Tortura Nunca Mais e a Comissão Dom Evaristo Arns, expressaram apoio à criação da bancada, que será lançada oficialmente no dia 15 de abril.
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Em um manifesto que circula entre militantes e movimentos sociais, a bancada diz que se sentiu instigada a se organizar para existam representantes em contraste com “as bancadas ultraconservadoras e retrógradas” da Câmara. Na mensagem, acrescenta que a iniciativa é necessária, já que há uma “crescente ameaça fascista no Brasil e no mundo”.
No manifesto, os vereadores que se aliaram destacam parte de sua agenda. O primeiro ponto destacado é a atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
No final de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou um debate que se prolongava há um tempo e que dizia respeito aos limites de atuação dos agentes da corporação. A Corte estabeleceu que eles estão autorizados a fazer policiamento e não somente a proteção de bens, instalações e serviços. A matéria chegou ao STF após a Câmara Municipal de São Paulo apresentar recurso.
Outras pautas consideradas prioritárias para a bancada são a garantia de serviços de educação pública, transporte público e saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), de qualidade, e a defesa dos direitos dos idosos e das pessoas com deficiência, entre outras.
Na Câmara, existem também comissões, divididas entre permanentes e temporárias. Os colegiados são subdivididos em permanentes de Caráter Técnico-Legislativo e extraordinárias permanentes, comissões parlamentares de inquérito, comissões de representação, comissões de estudos e comissões especiais.
Fonte: Agência Brasil