O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, mantendo apenas dois vetos – conforme já havia sido adiantado pelo secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, e pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O prazo para a sanção presidencial se encerraria na terça-feira (15), data que também marca o limite para envio ao Congresso do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026.
O projeto da LOA 2025 (PLN 26/2024) foi aprovado pelo Congresso em 20 de março, após atraso de três meses devido a negociações políticas. O texto que Lula vai sancionar é o chamado Autógrafo do Orçamento, que é o texto final, exato e consolidado do que foi aprovado por senadores e deputados federais. São esperados alguns vetos.
O orçamento, sancionado na quinta-feira (10), também prevê alta do salário mínimo para R$ 1.518, com previsão de superávit de R$ 14 bilhões.
Nesta semana, a Consultoria de Orçamento da Câmara divulgou o Raio X do Autógrafo do Orçamento 2025, um resumão em quatro páginas do texto aprovado no Congresso. O documento apresenta em gráficos e tabelas as principais despesas previstas. Confira algumas delas:
Previdência Social | R$ 1,02 trilhão |
Transferências para estados, DF e municípios | R$ 555,6 bilhões |
Pagamento de pessoal | R$ 443,1 bilhões |
Investimentos (incluindo estatais federais) | R$ 246,9 bilhões |
Despesas discricionárias | R$ 233,6 bilhões |
Bolsa Família | R$ 158,6 bilhões |
BPC | R$ 113,6 bilhões |
Emendas parlamentares | R$ 59,5 bilhões |
Seguro Desemprego | R$ 57,1 bilhões |
Abono Salarial | R$ 30,9 bilhões |
Minha Casa Minha Vida | R$ 30 bilhões |
FNDCT | R$ 17,6 bilhões |
Auxílio Gás | R$ 3,6 bilhões |
Fundo Partidário | R$ 1,3 bilhão |
A nova composição da Comissão Mista de Orçamento (CMO) para 2025/26 foi instalada, com o senador Efraim Filho (União-PB) na presidência. O colegiado vai analisar durante este ano primeiro a LDO para 2026 e, depois, a LOA de 2026, que terá o deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) como relator.
Com informações de Portal g1 e Agência Senado.