O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quinta-feira (17) em suas redes sociais ter intermediado um acordo para o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) encerrar sua greve de fome, que iniciou há mais de uma semana. As negociações contaram com a participação da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber Braga, e do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).
Glauber Braga parou de se alimentar em protesto contra o avanço de um processo que pode cassá-lo na Câmara dos Deputados. Desde o dia 9, o parlamentar está dormindo nas instalações da Câmara e, conforme sua equipe, consumindo apenas líquidos (água, soro e bebidas isotônicas). “Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar’, diz Motta.
“Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, segue.
Veja também
Ministro destaca liderança do Brasil em segurança alimentar e sustentabilidade na reunião do Brics
O Conselho de Ética da Câmara aprovou o parecer favorável à cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) após extensa deliberação. Agora, o parlamentar tem a opção de recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que poderá analisar eventuais ilegalidades processuais, mas não pode rediscutir o conteúdo da acusação.
Se a CCJ aceitar o recurso, o caso volta ao Conselho de Ética para a correção dos vícios apontados no recurso. Caso contrário, o processo segue para o plenário da Câmara, a quem cabe a decisão final.
Em plenário, os 513 deputados podem votar, e são necessários 257 votos para Glauber perder o mandato. Nesta etapa, cabe ao presidente da Câmara marcar a data da votação.
Com informações de Portal g1.
