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PIB da China cresce 5,4%; equipamentos e alta tecnologia lideram produção industrial
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A produção industrial da China registrou expansão em março, impulsionada pelas medidas de estímulo do governo e pela recuperação gradual da economia. Segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE), o valor agregado do setor avançou 7,7% em março, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a março, o aumento foi de 6,5% em relação ao mesmo período de 2024, mostrando aceleração frente ao avanço de 5,9% observado nos dois primeiros meses do ano.

A China estabeleceu sua meta de crescimento econômico para 2025 em cerca de 5% (Foto: Flickr/BXGD)

Ainda de acordo com o DNE, a produção industrial chinesa em março avançou 0,44% mensalmente.

O DNE utiliza a produção industrial de valor agregado para medir a atividade das grandes empresas com faturamento anual de pelo menos 20 milhões de yuans (US$ 2,77 milhões) em seu negócio principal.

Uma análise detalhada dos dados mostra que os setores de fabricação de equipamentos e de alta tecnologia estão contribuindo cada vez mais para a produção industrial, sinalizando progresso contínuo nos esforços do país para tornar sua indústria mais inteligente, mais sustentável e mais sofisticada, segundo Sheng Laiyun, vice-chefe do DNE, em uma entrevista coletiva.

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O setor de fabricação de equipamentos, que representou 33,7% da produção industrial total, subiu 10,9% no primeiro trimestre do ano.

O setor de manufatura de alta tecnologia, responsável por 15,7% do total da produção industrial, registrou crescimento anual de 9,7% no valor adicionado da produção no mesmo período.

As produções de veículos de nova energia e de robôs industriais aumentaram, respectivamente, 45,4% e 26%, conforme os dados do DNE.

Os números divulgados nesta quarta-feira também mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,4% anualmente no primeiro trimestre, ante um crescimento anual de 5% registrado em 2024. O país estabeleceu sua meta de crescimento econômico para 2025 em cerca de 5%.

Tarifas dos EUA

Os aumentos de tarifas dos EUA sobre produtos chineses exercerão alguma pressão sobre o comércio e a economia da China no curto prazo, mas não alterarão a trajetória positiva de longo prazo da economia chinesa, conforme Laiyun.

“Nos opomos fortemente à imposição de barreiras tarifárias pelos Estados Unidos e à prática de intimidação comercial, pois tais medidas são prejudiciais para todas as partes”, afirmou o vice-chefe do DNE.

Sheng afirmou que o país tem a confiança e a capacidade de enfrentar os desafios externos e alcançar suas metas de desenvolvimento econômico, ao citar sólidos fundamentos e forte resiliência da economia chinesa.

Desde a reforma e abertura, a economia chinesa enfrentou desafios significativos e adquiriu amplas experiências em termos de gestão macroeconômica, observou Sheng Laiyun, acrescentando que a China implementará políticas incrementais em resposta às mudanças no ambiente externo.

“Uma caixa de ferramentas robusta de medidas políticas garante nossa capacidade de lidar com choques e desafios externos”, explicou.

Com informações de Agência Brasil.

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