Internacional -
Papa Francisco critica “economia que mata” em meditações da Via Sacra
Termômetro da Política
Compartilhe:

Em meditações para a Via Sacra no Coliseu de Roma, evento que acompanhou à distância devido à recuperação de uma infecção respiratória, o Papa Francisco condenou o que chamou de economia “que mata”. Nas reflexões preparadas para as 14 estações da Paixão de Cristo, o pontífice contrastou esse modelo econômico com a “economia de Deus”, que descreveu como “que não mata, não descarta, não esmaga. É humilde, fiel à terra”.

Mensagem foi lida nas cerimônias da Via Sacra, no Coliseu de Roma (Foto: Divulgação/Vaticano)

“No entanto, construímos um mundo que funciona assim: um mundo de cálculos e algoritmos, de lógica fria e interesses implacáveis”, critica o Papa nas meditações da Via Sacra, que nesta ocasião será presidida pelo delegado do Papa e Vigário de Roma, Cardeal Baldassare Reina.

Em cada estação, o papa escreve uma oração e reza “para desafiar uma economia que mata” ou “por aqueles que, nas fronteiras, sentem que sua viagem terminou”.

Em outra oração, o papa pede paz para a Igreja: “Concede à tua Igreja a paz e a unidade, Senhor Jesus, que carregas as feridas da nossa história. Concedei à vossa Igreja a paz e a unidade, Senhor Jesus, que conheceis a fragilidade do nosso amor”.

Veja também
‘Bordando direitos’: mulheres denunciam violações das quais são vítimas

Na última estação, Francisco desejou paz a “todas as nações”.

“Que a vossa paz chegue à terra, ao ar e à água. Que a vossa paz chegue para os justos e os injustos. Que a vossa paz chegue para aqueles que são invisíveis e não têm voz. Que a vossa paz chegue para aqueles que não têm poder nem dinheiro. Que a vossa paz chegue para aqueles que esperam por um renascimento justo”, declarou.

Na invocação final, o Papa cita as palavras de São Francisco para invocar “o dom da conversão do coração”.

Francisco não participou, nos últimos dois anos, da Via Sacra, que se realiza na Sexta-Feira Santa. Entre os motivos estão o frio intenso e seus problemas de saúde, mas foi uma ausência avisada à última hora. Desta vez, enquanto a ausência foi planejada por estar se convalescendo da infecção respiratória que o levou a passar 38 dias no Hospital Gemelli, em Roma.

Com informações de Agência Brasil.

Compartilhe:
Palavras-chave
papa franciscoroma