O Papa Francisco marcou a Igreja Católica em seus doze anos de papado com posições em defesa dos direitos humanos e de acolhimento, como a permissão de bênçãos a casais do mesmo sexo. Por conta dessa postura foi duramente criticado. Após sua morte, a Igreja Católica começa o processo de sucessão para escolha de um novo pontífice. Em caso de uma virada conservadora, um nome já está na lista dos mais cotados: Robert Sarah.
O cardeal Robert Sarah é amplamente considerado um conservador dentro da Igreja Católica. Ele defende posições tradicionais em questões de moralidade sexual, família, liturgia e doutrina, opondo-se a temas como ideologia de gênero, casamento homossexual e aborto, que ele descreve como parte de um “colonialismo ideológico ocidental”.
Sarah também promove práticas litúrgicas mais tradicionais, como a missa “ad orientem” (com o sacerdote voltado para o altar) e a liturgia tridentina em latim, criticando o que vê como modernizações excessivas que ameaçam a essência da fé católica.
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Em seus livros, como “Deus ou Nada” e “A Força do Silêncio”, ele enfatiza a necessidade de retornar às raízes da fé e critica o secularismo e o relativismo. Sua postura contrasta com a abordagem mais inclusiva do Papa Francisco, gerando tensões e posicionando-o como uma figura de destaque entre os setores conservadores da Igreja.
Nascido em 15 de junho de 1945, em Ourous, Guiné, o cardeal Robert Sarah é uma figura proeminente na Igreja Católica, conhecido por suas posições conservadoras e influência no cenário eclesiástico global.
Sarah é conhecido por suas visões conservadoras, defendendo a doutrina católica tradicional em temas como casamento, sexualidade, família e liturgia. Ele critica o secularismo, o relativismo moral e o que chama de “colonialismo ideológico” do Ocidente, especialmente em questões como ideologia de gênero e aborto. Advoga por uma liturgia mais reverente, promovendo a missa em latim e a celebração “ad orientem”. Seus livros, como Deus ou Nada (2015), A Força do Silêncio (2016) e O Dia Agora Está Terminando (2019), ganharam grande repercussão, sendo elogiados por católicos conservadores e criticados por progressistas.
Embora nomeado para cargos importantes por Francisco, Sarah frequentemente expressou discordâncias com a abordagem mais pastoral e inclusiva do papa, especialmente em temas como sinodalidade e abertura a questões modernas. Essas tensões o tornaram uma figura polarizadora, admirada por tradicionalistas e vista com reservas por setores mais liberais.
Desde que deixou a Congregação para o Culto Divino em 2021, Sarah permanece ativo como escritor e conferencista, sendo uma voz influente no debate sobre o futuro da Igreja. Ele é frequentemente mencionado como um possível candidato em futuros conclaves, embora sua idade (79 anos em 2025) e perfil conservador possam limitar suas chances em um colégio cardinalício diversificado.