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Asteroide antes considerado risco para a Terra agora ameaça a Lua; veja projeções
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O asteroide 2024 YR4, que antes representava um possível perigo para a Terra, teve sua trajetória alterada e agora se aproxima da Lua. Segundo a NASA, há 3,8% de chance de que ele colida com o satélite natural em 2032. Se isso ocorrer, poderá formar uma nova cratera na superfície lunar, conforme explica a astrônoma Plícida Arcoverde, do Observatório Nacional.

Segundo a NASA, há 3,8% de chance de que asteroide colida com a Lua em 2032 (Foto: NASA/JPL-Caltech)

Descoberto em dezembro de 2023, o asteroide inicialmente tinha 3,1% de probabilidade de atingir a Terra no mesmo ano—o maior risco já registrado pela NASA para um objeto desse tipo. Com estimativas iniciais de 40 a 90 metros de diâmetro, uma colisão com nosso planeta poderia causar danos significativos.

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No entanto, novos cálculos descartaram o risco de impacto na Terra, mas indicaram que o corpo celeste agora representa uma ameaça à Lua. Observações recentes do telescópio James Webb revelaram que o asteroide tem entre 53 e 67 metros de diâmetro. Como a Lua não possui atmosfera para deter ou queimar objetos espaciais, impactos como esse são mais frequentes e visíveis.

O que aconteceria se o asteroide atingisse a Lua?

Em caso de colisão, a energia do impacto se transformaria em calor, criando uma cratera. Parte dessa energia também produziria um breve clarão, que poderia ser observado da Terra se o asteroide tivesse força suficiente. Apesar disso, o choque não afetaria a órbita lunar.

Embora não haja habitantes na Lua, monitorar esses eventos é essencial para a segurança das futuras missões espaciais. A China planeja enviar astronautas ao satélite em 2030, enquanto os EUA preparam o retorno humano à Lua com a missão Artemis 3, em 2027.

A NASA mantém um programa dedicado ao rastreamento de impactos lunares, ajudando cientistas a entender a frequência desses eventos e os riscos para a exploração espacial. Além disso, estudar esses fenômenos pode revelar dados importantes sobre a composição e o comportamento dos asteroides.

Apesar de o 2024 YR4 não ser mais uma ameaça direta à Terra, sua possível colisão com a Lua permanece sob observação. O acompanhamento contínuo de objetos próximos à Terra (NEOs) é fundamental para proteger tanto nosso planeta quanto as futuras missões espaciais.

Com informações do Correio Brasiliense.

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Palavras-chave
2024 YR4asteroidenasa