A covid-19 levou centenas de milhares de vidas. Além das perdas pelos que se foram, muitos ficaram órfãos, muitas vezes sem qualquer perspectiva de acolhimento. Diante da omissão do governo federal e todos os exemplos de desumanidade que o presidente manifesta cotidianamente, vem da região Nordeste mais um exemplo de empatia e política pública que visa minimizar a situação de quem ficou desamparado em decorrência da morte dos pais.
O Consórcio Nordeste elaborou uma proposta para ser apresentada nas Assembleias Legislativas dos estados que visa garantir suporte financeiro para milhares de crianças e adolescentes que ficaram órfãos por conta da pandemia.
Na Paraíba, o governador João Azevêdo (Cidadania) já encaminhou o projeto para aprovação pelos deputados, que irá atender 740 pessoas com uma ajuda mensal de R$500. Mais que o valor destinado, existe um conceito de acolhimento na iniciativa. Nesse período de tanto sofrimento, ações como essa levam crença na possibilidade de superação.
A vacinação é a medida mais urgente nesse momento. Mas em toda essa trajetória da pandemia são esses exemplos que mostram ser possível atravessar essa tormenta com mais humanidade, que dão força para continuar resistindo. Seja com uma ajuda financeira ou levando alimento para atenuar esse momento de crise extrema, os governantes se diferenciam e mostram o respeito que têm pelas vidas de todos.
A vida é o valor mais importante. Se não temos como resgatar os que morreram, que sejamos mais generosos com os que ficaram, mas que irão sempre carregar a marca do sofrimento. Esse é o exemplo que a Paraíba deixa neste momento. É essa paraibada que incomoda tanto os insensíveis.