Parece que João Pessoa finalmente receberá um grande volume de recursos para resolver os problemas de mobilidade urbana que a cada gestão tornam-se mais críticos. Seja morador ou turista, quem passa pela capital paraibana percebe o caos que se tornou o trânsito na cidade. O prefeito Cícero Lucena (PP) anunciou acordo com uma agência francesa para viabilizar investimentos de 55,4 milhões de euros. Com esse montante, será possível executar projetos grandiosos, capazes de mudar drasticamente o cenário atual.

Acredito que independentemente de preferência política, todo morador sonha em viver numa cidade com menos trânsito. O anúncio do prefeito Cícero trouxe esperança, mas é preciso aguardar. Caso se concretize, será na João Pessoa do futuro. É sempre válido lembrar que problemas do presente muitas vezes são enfrentados por erros do passado. O que a discussão sobre mobilidade urbana trouxe à tona foi a lembrança ao pessoense que hoje poderia viver melhor se não fosse por um descuido da gestão do ex-prefeito Luciano Cartaxo (PT).

Quando Cartaxo era prefeito, muito se ouviu falar do BRT em João Pessoa. O então gestor aparecia na mídia local para falar bonito em defesa do projeto. Explicava a sigla: Bus Rapid Transit. Cartaxo prometia grandes corredores, transporte coletivo rápido e de qualidade. A solução traria melhoria significativa à mobilidade urbana da capital. Até o dinheiro para viabilizar a proposta já estava garantido pelo governo federal. Seriam R$ 188 milhões para implantação do sistema. E o que a gestão de Luciano Cartaxo fez com isso? Dormiu no ponto.

Quem puxar um pouquinho da memória vai lembrar. Depois de tanto falar sobre BRT, de repente Cartaxo relegou o assunto. O investimento seria do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do então governo Dilma Rousseff (PT). Para que a verba fosse liberada, a Prefeitura de João Pessoa só precisaria enviar o projeto. Cartaxo perdeu o prazo e quem paga a conta até hoje são os pessoenses.

De acordo com o portal Mobilize Brasil, especializado no segmento, o motivo para o cancelamento do envio dos recursos foi a falta de um projeto que deveria ter sido enviado pela Prefeitura de João Pessoa. Os investimentos não tiveram o projeto após quase cinco anos de sua aprovação pelo governo federal. Clique aqui para ler a publicação.