Como historiador sou o típico cético de crenças em vida inteligente extraterrena, por uma razão que parece simples: se conseguimos encontrar vestígios de animais que viveram há milhões de anos atrás, como os dinossauros, por que não conseguimos encontrar vestígios contundentes sobre vida inteligente fora do planeta? Quero dizer, somos hoje capazes de prever rotas de corpos celestes que viajam pelo espaço com certa eficácia, por que não conseguimos identificar outras coisas?
A resposta mais fácil é que trata-se de uma tecnologia superior, onde somos incapazes de identificar. Faz sentido, afinal se foram eles que chegaram até nós e não o contrário, então são eles os detentores de maior tecnologia. Narrativas deste tipo ganharam muita força no século XX em função, dentre outras coisas, da corrida espacial. Novas teorias, novas leituras incrementaram o que passamos a chamar de ficção científica e o cinema foi, sem dúvida, grande difusor dessas ideias, através de Star Wars, Star Trek e tantas outras obras famosas. A ufologia ganhou força e seus entusiastas buscaram refletir sobre possíveis vestígios antigos da presença de vida inteligente extraterrena em nosso planeta.
Em 2 Reis 2:11 lê-se “De repente, enquanto caminhavam e conversavam, apareceu um carro de fogo, puxado por cavalos de fogo, que os separou, e Elias foi levado aos céus num redemoinho.” Alguns narram a ida do profeta Elias aos céus através de uma carruagem de fogo, uma nave extraterrena para alguns. Mais tarde, com nascimento de Jesus, o Cristo, teríamos a famosa estrela de Belém que teria sido guia para os três reis magos. Para alguns a estrela era uma nave extraterrena que trouxe os três para saudar a sagrada família.
Em Julho de 1961 o papa João XXIII teria tido uma experiência com um ser extraterreno. Esse causo é contado pelo então secretário papal, Loris Capolvilla, um dos mais velhos bispos católicos. Em 2012, o Papa João XXIII teria tido um contato cordial com um alienígena nos jardins da pontifícia residência de verão, em Castel Gandolfo. A conversa teria durado cerca de 20 minutos. Depois, o papa voltou a reunir-se com o secretário e confidenciou-lhe a seguinte mensagem: “Os filhos de Deus estão por toda parte, embora, às vezes, tenhamos dificuldade em reconhecer nossos próprios irmãos”. Depois declarou que não falaria mais sobre o assunto. Alguns aportam a própria revelação do Cristo: “na casa de meu Pai há muitas moradas”.
Von Däniken escreveu em 1968 a obra “Eram os Deuses astronautas?” onde apresentou como provas ligações entre as colossais pirâmides egípcias e incas, as quilométricas linhas de Nazca, as misteriosas estátuas da Ilha de Páscoa, entre outros grandes mistérios arquitetônicos. Ele também cria uma teoria de cruzamentos entre os extraterrestres e espécies primatas, gerando a espécie humana. Dizia ainda o autor que esses extraterrestres eram considerados divindades pelos antigos povos: daí vem o título do livro. Parece óbvio que, levando o pensamento há 1000 ou 2000 anos atrás, seria impossível definir um objeto voador com 30 metros de comprimento, que hoje chamamos de aeronaves. Portanto correlações próximas à realidade da época foram feitas: Deus, Anúbis, Itzmná, etc.
Mais recentemente, com o lançamento do filme “Eternos”, temos a tona a narrativa de um grupo de heróis de alienígenas que protegem a Terra desde o início da humanidade. Sim, eles estão entre nós desde o princípio e foram responsáveis por mitos e lendas que chegaram até nossos dias, como a Deusa Athena, Ícaro e Gilgamesh. Há inúmeras outras obras que poderia aqui ilustrar…
Nos últimos meses tem surgido novas narrativas de experiências com objetos voadores não identificados. Pilotos de voos comerciais, autoridades governamentais dos EUA e Canadá, além da própria China têm relatado casos sem explicações plausíveis. E você? Acredita na vida inteligente fora do planeta? Se eles existem, o que muda na sua fé? Ou nada muda? Eu particularmente continuo precisando de mais indícios… minha profissão exige…