Nem Santo Antônio, tão bom casamenteiro, mesmo sob pedidos e oração forte pode reverter o malfeito que foi a escolha da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) por ter Sérgio Moro como seu padrinho de casamento. O que está acima dos céus é a impossibilidade na língua portuguesa, pois mesmo que a deputada se separe do atual cônjuge, o apadrinhamento não pode ser desfeito. Ex-juiz e ex-ministro até são termos que existem, mas assim como não existe “ex-cretino”, também inexiste “ex-padrinho”. Se ela queria mostrar força política ao ter tão perto alguém que supostamente se tornaria um nome forte,o tiro foi dado no pé, pois nem laço afetivo, nem prestígio restaram.
O caso vai além da clara falta de caráter que ficou explícita neste último episódio, quando o ex-juiz saiu na imprensa falando mal da deputada. Moro disse, em entrevista à Rádio Gaúcha, que aceitou o pedido de Zambelli para ser padrinho de casamento por “constrangimento”.
Sérgio Moro é um covarde. Comporta-se como o típico brasileiro hétero, conservador e defensor da família que sai às escondidas para trair a esposa com uma travesti garota de programa e, quando é pego, preocupa-se apenas em justificar a confusão sobre o gênero da contratada. Diz que se “confundiu” e esquece de todo o resto, como se sua homossexualidade trancada a sete chaves dentro do armário fosse o maior problema, e não a traição.
Para desmoralizar, Zambelli publicou um vídeo da festa de casamento onde Moro aparece sorridente, refastelado, com a boa cheia do pecado que ele tanto preza por esconder.
Te ouvindo e vendo depois este vídeo dá pra notar o constrangimento, mesmo! Há os mentirosos e há os cínicos. Em qual das opções @SF_Moro se encaixa?
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) June 11, 2020
Da nossa parte era verdadeiro, Prezado. O duro agora são os álbuns, que não se editam. Mas sempre fica o aprendizado. pic.twitter.com/GFaQoCgfFa