Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
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Dois gols de Cícero
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Cícero em reunião com agência francesa (Foto: Assessoria de Imprensa/PMJP)

As atenções da mídia de todo o país estão voltadas para a Copa do Mundo. E enquanto o país se distrai com futebol, as necessidades do povo não esperam. Em João Pessoa, se tem uma área da gestão pública que entra prefeito, sai prefeito e continua sendo esquecida é a mobilidade urbana. 

Desde a gestão de Ricardo Coutinho na Prefeitura de João Pessoa não se faz algo relevante para a mobilidade. O que de fato Ricardo fez com a verba dos cofres públicos foi campanha publicitária para o bom uso da faixa de pedestres. Ele alega ter feito o Terminal de Integração, mas é sempre bom lembrar que naquele ano a passagem de ônibus teve dois aumentos, muito acima da inflação. Então entregar obra deixando a conta para a população que mais sofre e beneficiando as empresas de ônibus na verdade é uma maldade muito bem articulada. 

Luciano Agra tinha projetos, era bem intencionado, mas o PSB, então controlado por Ricardo, sabotou a continuidade de Agra. Veio Luciano Cartaxo e a mobilidade urbana de João Pessoa teve sua pior gestão de todos os tempos. O velho-novo petista pode até ter sido bom em outras áreas, mas na mobilidade ficou devendo. O BRT de João Pessoa não chegou por falha da gestão de Cartaxo.

Cícero acerta ao demonstrar preocupação com a mobilidade. A cidade cresceu muito desde que ele foi prefeito pela primeira vez, vários gargalos surgiram, o trânsito tem problemas para quem trafega de carro, bicicleta, ou faz uso do transporte coletivo, e desde então, pouco se fez. 

O segundo marco de Cícero a se destacar é a quebra da lógica do”pires na mão”. O que mais acontece no Brasil são gestores municipais mendigando verba em Brasília como se esta fosse a única saída para trazer investimentos. Ao buscar recursos internacionais, Cícero mostra um modo de gerir “fora da caixinha”, saindo do básico para fazer o que é urgente e necessário à população. O prefeito já esteve em Madrid, na Espanha, e se reuniu com representantes de uma agência francesa. Na duas pautas estavam a restruturação do transporte público de João Pessoa. A cidade precisa, torcemos para que dê certo.

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