A diplomação dos eleitos em João Pessoa foi marcada pela quebra de protocolo. No meio da cerimônia houve um prenúncio de que o desfecho seria fora do padrão.
A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi ovacionada logo que teve sua presença citada. O auditório do Centro Cultural Ariano Suassuna, no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, foi tomado por aplausos, os mais longos de todo o evento.
Mas surpresa maior foi a quebra de protocolo ter sido proposta pelo cerimonial do evento. O diploma de prefeito da capital, do prefeito reeleito Cícero Lucena (PP), foi entregue por ele à sua esposa.
Apesar da leveza dos registros e da alegria nos rostos dos familiares, houve um percurso de emoção no discurso do prefeito, como um desabafo. Cícero chorou. Em sua fala, primeiramente, quando mencionou a família; depois, ao dedicar sua vitória a Lauremília.
A emoção é referente a momentos da campanha eleitoral, pois Lauremília foi alvo de operação da Polícia Federal e Cícero classificou o caso como ataque político.
O prefeito Cícero Lucena reafirmou seu compromisso com a população de João Pessoa. “Fui eleito com quase 260 mil votos, mas hoje sou o prefeito de todos”, assegurou.
Fortaleza
A presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargadora Agamenilde Dias, destacou o pleito de 2024 como a “afirmação da fortaleza da democracia”.
Reprimenda
Nem só de emoção foi marcado o evento. Para os vereadores diplomados, sobrou um carão. A juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, titular da 64ª Zona Eleitoral, reclamou do que chamou de “inundação de santinhos” nas seções eleitorais e advertiu os diplomados: “Não façam mais isso. Conto com os senhores nas próximas eleições”.