Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
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Governo Bolsonaro admite que preço do diesel é questão de vontade política
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Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Governo Bolsonaro admite que a culpa pelo preço do litro do óleo diesel é de ordem política. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse hoje (12) que o Brasil tem diesel suficiente em estoque para abastecer a demanda interna do país por até 50 dias sem a necessidade de importação.

O desgaste do presidente Jair Bolsonaro (PL) no preço dos combustíveis não vem de agora, e toda vez que sobe o valor na bomba, cai a sua popularidade.

O governo faz um esforço tremendo para conseguir conter essa sangria. Retirou impostos federais que incidem na gasolina e pressionou estados a fazerem o mesmo. Conseguiu tirar um pouco do valor final para o consumidor.

Mas e o diesel, por que não baixa?

Para atender os caminhoneiros, os impostos sobre o óleo diesel já estavam reduzidos. Agora, sem margem, restou como agrado o ‘cheque-benesse’ de R$ 1 mil previsto na PEC das Bondades.

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A questão do diesel é a mesma da gasolina. O preço está alto não por culpa da pandemia, da guerra na Ucrânia, ou de qualquer outra desculpa que os asseclas do presidente venham a disseminar. O problema está na política de Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada por Michel Temer e mantida por Jair Bolsonaro. E se a cúpula da Petrobras, em sua maioria, é definida pelo presidente, também não adianta culpar a estatal.

Ao mandar seu ministro bradar que o Brasil tem estoques de diesel e, ainda assim, é refém da política de preços escolhida por sua equipe econômica, Bolsonaro consegue ao mesmo tempo ser burro e desonesto. Burro consigo, porque atira no próprio pé em admissão de culpa, já que tem o produto mas não é capaz de regular o preço; desonesto com o povo brasileiro ao não explicar direito o porquê do valor para o consumidor continuar exorbitante, na tentativa de se isentar como verdadeiro culpado.

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