Conta o ditado popular que todos os dias um besta e um sabido saem de casa, se encontram e fecham negócio. Bem, eu não diria que tem besta na política paraibana, e se tem, não conheço. O que deve acontecer muito é acordo entre dois sabidos. Para além da sapiência, certo mesmo é que o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) de besta não tem nem a quem puxar.
Os Ribeiro não dão ponto sem nó. E se Aguinaldo, apesar se vir sendo cotado para ser o senador na chapa do governador João Azevêdo (PSB), não dava sinais concretos de que a composição estava selada, o anúncio da desistência de sua pré-candidatura ao Senado seguiu a lógica.
Errado está quem diz que Aguinaldo desistiu por medo de enfrentar Ricardo. Tudo bem que o ex-governador lidera as pesquisas, mas se querem elevar a moral do mandatário do PT na Paraíba, arrumem outra desculpa. Aguinaldo em momento algum se posicionou como adversário de Ricardo. O principal líder do clã Ribeiro, na verdade, vem sendo o mesmo que sempre foi: um político pragmático.
Enquanto ele, de forma plenamente calculada, não entregava suas bases políticas, forçando até um movimento de Efraim Filho (União Brasil), este sim seu adversário mais direto pelo eleitorado de centro, o entorno se agoniava. Esperto como poucos, Aguinaldo, que nunca entrou em bola dividida sequer para empatar, quiçá arriscar perder, deixou quem nele apostava com a cara mexendo.