Fernando Guedes Jr é turismólogo e historiador; mestre em História pela UFRN. Trabalha com magistério nas redes pública e privada da cidade de João Pessoa. Instagram: @afernandojunior
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Mulher, a divindade
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(Imagem: Sandro Botticelli – La nascita di Venere – Google Art Project)

Uma mulher é um ser humano adulto do gênero feminino. Na infância, normalmente a chamamos de menina; na adolescência e juventude, como moça; na fase adulta, simplesmente como mulher ou senhora. O termo mulher ainda pode ser usado para indicar tanto distinções biológicas quanto socioculturais. Um dos símbolos mais utilizados para representar o sexo feminino é o símbolo de Vênus, deusa do amor e da beleza, equivalente à Afrodite na mitologia grega.

Nos cultos pré-históricos e pagãos há imensa referência à Deusa-mãe ou à Mãe-Terra, de onde tudo vem, pois assim como a mulher gera a vida, a terra também gera, dando-nos todo o sustento necessário à vida. Nos momentos mais remotos da humanidade a sociedade era matriarcal, ou seja, o papel de liderança e poder é exercido pela mulher, especialmente pelas mães de uma comunidade. A mulher é vista, sob algumas perspectivas, com um verdadeiro portal entre os mundos, capaz de trazer o espírito de um plano ao outro, ao gerar a vida em seu ventre. São naturalmente hábeis na arte do cuidar, acumulando conhecimentos através das gerações que as fizeram ser perseguidas e condenadas por feitiçaria ou bruxaria, e será que não são mesmo?

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Nos tempos mais próximos do presente, lutaram e ainda lutam por direitos civis e de igualdade de gênero, mas o fato é que nunca seremos iguais. O homem pode se esforçar e não interessa o que faça, como faça, o quanto se esforce, o que cabe à mulher é algo inigualável. Todos nós somos gerados por elas, precisamos atravessar o portal que elas nos oferecem e literalmente atravessar seu ventre. Somos cuidados por elas, o chamado amor de mãe, que muitos afirmam não haver maior. Durante toda nossa construção como seres sociais, nos relacionamos com várias mulheres: da primeira delas, a mãe; passando pelas nossas familiares, irmãs, tias, avós; até chegarmos às escolas, onde encontraremos outras mulheres para nos ensinar as primeiras letras, os primeiros números, a ler e escrever.

São incontáveis as mulheres que passam por nossa vida: as professoras, as amigas, as namoradas, as esposas, as filhas, as netas, os amores e paixões mais velados aos mais desvelados. Todas, sem nenhuma exceção, com uma capacidade fantástica de marcar as nossas vidas, seja com um simples gesto, uma simples palavra ou um simples olhar.

Aqui fica este registro, de um reconhecimento e tributo a todas. A você Mãe-Terra. A você deusa. A você menina, moça, mulher e senhora.

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