Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
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Namoro entre Bolsonaro e a cloroquina está em crise, mas não acabou
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Presidente Jair Bolsonaro foi o principal divulgador da cloroquina como remédio contra covid-19, no que ele chamava de “tratamento precoce” (Foto: Reprodução/Twitter/Jair Bolsonaro)

O namoro entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a cloroquina pode até estar abalado, mas não acabou. É falsa a informação de que ele teria apagado de suas redes sociais digitais todas as fotos em que exibe o remédio usado para tratar malária, mas que o governo federal indica no tratamento da covid-19 sem que haja comprovação científica de sua eficácia no combate à doença. O burburinho sobre o fim do relacionamento entre os dois surgiu na terça-feira (19), quando diversas pessoas denunciaram no Twitter que o presidente teria começado a apagar suas fotos com a cloroquina. Os deputados Rogério Correia (PT-MG) e Alexandre Padilha (PT-SP) reforçaram a denúncia.

Ontem, Rogério Correia disse em seu perfil no Twitter que protocolou a denúncia na CPI da Cloroquina:

A agência de verificação Aos Fatos identificou como fake a notícia de que Bolsonaro teria apagado todas as fotos com a cloroquina. No entanto, não há confirmação de que ele não tenha excluído algumas das imagens.

A crise política do governo com a cloroquina começou desde a aprovação da vacina CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A primeira vacina contra covid-19 usada no Brasil é produzida no Instituto Butantan e representou uma grande vitória política para o governador de São Paulo, João Doria, que viabilizou o projeto. Na aprovação, o corpo técnico da Anvisa chegou a ressaltar a inexistência de qualquer medicamento eficaz contra covid-19. Desde então, o governo federal tem adotado uma postura diferente a respeito do que chamavam de “tratamento precoce”. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a mentir sobre a mudança na política de Estado. Tanto Bolsonaro quanto o Ministério da Saúde tiveram publicações identificadas no Twitter como supostamente enganosas ou potencialmente prejudiciais. O presidente também diminuiu a frequência de suas publicações em defesa do tratamento precoce com a cloroquina.

Se eu disse aqui no blog que o namoro havia acabado, faço questão de corrigir. Na linguagem imagética construída para as redes sociais, o relacionamento entre os dois está desgastado. Não aparecem juntos com a mesma frequência de antes. O amor pode ter esfriado, mas continuam firmes. Abaixo, um foto no perfil do presidente, ainda no ar.

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